Goiás Investigação

Transexual teria feito cirurgia clandestina dentro de boate em Anápolis antes de morrer, diz família

Familiares da transexual Lorraine Alves dizem ter sido avisados por ela de que passaria por um procedimento para colocação de silicone e que tudo seria feito por uma clínica dentro de uma boate em Anápolis

13/06/2022 07h00
Por: Redação
MORTE AOS 22 ANOS: A família da transexual Lorrayne Alves suspeita que sua morte seja em decorrência de uma cirurgia clandestina feita dentro de uma boate em Anápolis — Foto: Reprodução.
MORTE AOS 22 ANOS: A família da transexual Lorrayne Alves suspeita que sua morte seja em decorrência de uma cirurgia clandestina feita dentro de uma boate em Anápolis — Foto: Reprodução.

VÂNIO LIMIRO

Segundo informações da família da transexual identificada pelo nome de Lorraine, de 22 anos, que morreu na manhã da última quarta-feira (8), no Hospital Estadual de Anápolis Dr. Henrique Santillo, em decorrência de complicações num um procedimento estético que teria sido feito em São Paulo, a transexual teria se submetido a uma cirurgia clandestina dentro de uma boate em Anápolis.

Uma tia de Lorraine, Ana Paula Fernandes, deu entrevista onde afirmou que a sobrinha avisara por mensagem, que passaria por um procedimento para colocação de silicone nas nádegas e que tudo seria feito por uma clínica, mas dentro de uma boate em Anápolis.

“Tudo foi feito na cidade e foi uma amiga que levou a Lorraine pra fazer a operação” disse a tia.

A família informou também que Lorraine saiu de Belém do Pará há cerca de 45 dias, buscando melhorar financeiramente a vida da família, que vive na capital paraense, mas não disse o que iria fazer.

“Ela era uma pessoa maravilhosa e educada. Não sabíamos que ela iria para Anápolis fazer esse tipo de coisa. Então foi um choque para todos”, conta.

Reconhecimento do corpo

A família está com dificuldade de levar o corpo de Lorraine para Belém. Como a transexual foi encontrada somente com a certidão de nascimento, o IML não teve como fazer identificação por impressão digital. Pelos procedimentos, ela seria enterrada como indigente na próxima segunda-feira (13), mas a família conseguiu o prazo de uma semana para a entrega dos resultados do exame e viabilizar o translado para Belém.

Uma das irmãs de Lorraine chegou a Anápolis neste sábado (11) para realizar exames de DNA e fazer o reconhecimento do corpo. “Temos recorrido a vaquinhas e pedido a ajuda do Estado. Ela tem que ser enterrada onde nasceu, junto da sua família”, disse Ana Paula, a tia.

Investigação

A polícia civil irá investigar o caso, a ponto de tentar descobrir quais teria sido os procedimentos que Lorraine fez e quem foi o profissional responsável pela cirurgia, o resultado de um laudo cadavérico é aguardado pelos agentes.

 

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