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Anápolis consolida posição entre as cidades com maior consumo em Goiás

Com base industrial forte e infraestrutura logística estratégica, cidade se destaca como a terceira com maior potencial de consumo no estado, movimentando R$ 15,5 bilhões em 2025, segundo o IPC Maps

06/07/2025 15h00
Por: Lara Duarte
Foto: Prefeitura de Anápolis
Foto: Prefeitura de Anápolis

Anápolis aparece como a terceira cidade goiana com maior potencial de consumo em 2025, segundo levantamento do IPC Maps, com estimativa de R$ 15,5 bilhões em gastos das famílias locais ao longo do ano. O desempenho expressivo coloca o município à frente de importantes centros do estado e revela a força da sua economia diversificada, impulsionada por setores industriais, logísticos e pelo fortalecimento da classe média.

A pujança econômica de Anápolis é sustentada por uma base sólida e multifacetada. De acordo com o economista e professor universitário Márcio Dourado, o destaque da cidade no ranking estadual é fruto da combinação entre fatores econômicos e sociais que se retroalimentam. “Em primeiro lugar, Anápolis tem uma base industrial consolidada, com protagonismo nos setores farmacêutico, alimentício e automotivo. Soma-se a isso um polo logístico estratégico, situado entre Goiânia e Brasília, que favorece a circulação de mercadorias e impulsiona o comércio”, explica.

O reflexo direto desse cenário pode ser observado no dinamismo do setor de comércio e serviços. A projeção de consumo de R$ 15,5 bilhões representa um estímulo contínuo à modernização do varejo, à ampliação da oferta de serviços e à chegada de grandes redes e franquias à cidade. “Com mais poder de compra, os anapolinos passam a exigir mais qualidade e variedade nos produtos e serviços. Isso obriga o mercado local a se atualizar e fortalece o empreendedorismo”, afirma Dourado. Ele alerta, no entanto, que o desenvolvimento precisa ser acompanhado por investimentos públicos em mobilidade, segurança, infraestrutura e capacitação profissional, para garantir crescimento sustentável.

O poder de compra das famílias anapolinas também é impulsionado pela estrutura econômica do município. A presença de grandes indústrias e centros logísticos gera empregos formais, com remunerações mais altas e maior estabilidade. “Esses setores impactam diretamente na renda média da população e ainda movimentam cadeias produtivas, como serviços e construção civil. Com isso, o município arrecada mais e consegue investir em áreas essenciais como saúde e educação, melhorando a qualidade de vida e incentivando o consumo”, destaca o economista.

Para os próximos anos, as perspectivas seguem otimistas. Áreas como educação privada, saúde, alimentação fora do lar, tecnologia e comércio eletrônico devem ganhar ainda mais espaço no cotidiano dos consumidores anapolinos. O setor habitacional também deve acompanhar esse ritmo, impulsionado pela urbanização e pelo crescimento demográfico. “A cidade precisa continuar investindo na formação de mão de obra, incentivar a inovação tecnológica nas empresas e manter a infraestrutura em evolução. Um ambiente propício ao empreendedorismo e à atração de novos investimentos será chave para manter Anápolis entre os principais polos de consumo de Goiás”, conclui Márcio Dourado.

Ranking goiano

O estado de Goiás demonstra um crescimento robusto no mercado de consumo, com dez municípios concentrando mais da metade (55,9%) de todo o potencial de consumo previsto para 2025. 

Goiânia lidera com folga, movimentando R$ 74,4 bilhões e ocupando a 9ª posição no ranking nacional. Aparecida de Goiânia, em segundo lugar estadual, também apresenta números expressivos, com R$ 22,7 bilhões. 

Além de Anápolis, que figura em terceiro, outras cidades goianas também se destacam por características regionais específicas: Rio Verde e Jataí refletem a força do agronegócio; Valparaíso, Águas Lindas e Luziânia crescem com o avanço urbano do Entorno do Distrito Federal; já Senador Canedo, Trindade e Catalão evidenciam a influência da Região Metropolitana de Goiânia.

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