Política DE OLHO EM 2026

Pedro Sahium diz que volta à política é “impossível” e relembra polêmica: 'me chamaram de satanista'

Mesmo com movimentações de bastidor indicando possível candidatura a deputado estadual, ex-prefeito critica ambiente político e rechaça retorno às urnas

02/07/2025 18h00
Por: Emilly Viana
Foto: Reprodução / Youtube DM Anápolis
Foto: Reprodução / Youtube DM Anápolis

Apesar de fontes próximas indicarem que pode disputar uma vaga na Assembleia Legislativa em 2026, o ex-prefeito de Anápolis, Pedro Sahium, descartou publicamente qualquer possibilidade de retorno à vida política. Em entrevista ao DM Anápolis nesta terça-feira (2), Sahium classificou como “praticamente impossível” uma nova candidatura e disse ter perdido o momento para atuar no cenário atual. “Eu não tenho como fazer política mais. Perdi o tempo, perdi o time completamente”, pontuou.

O ex-prefeito também voltou a criticar a influência da religiosidade no discurso político local e relembrou um episódio em que foi duramente atacado após se posicionar contra o uso do slogan “Anápolis é do Senhor Jesus”. Segundo ele, a fala foi distorcida nas redes sociais, o que lhe rendeu uma onda de ofensas. “Disseram que eu era satanista, filho do diabo. Fiquei impressionado com aquilo”, relatou.

Para o ex-prefeito, o ambiente digital transformou a política em um espetáculo vazio. Ele avalia que o atual modelo de disputa, baseado em redes sociais, esvazia o debate e mina a qualidade das decisões públicas. “Eu não dou conta disso. Reality show político não gera progresso, não gera desenvolvimento”, comentou.

Em abril, Sahium já criticava o excesso de uso das redes sociais ao avaliar os primeiros 100 dias da gestão Márcio Corrêa (PL). À época, disse que o chefe do Executivo interpreta um “personagem de extrema direita que desacata e diminui as pessoas”. Também se mostrou contrário ao que classificou como práticas radicais, distantes dos direitos humanos.

Pedro Sahium iniciou a carreira política como vereador, foi vice-prefeito e assumiu o comando da Prefeitura entre 2003 e 2008. Desde então, voltou à docência na Universidade Estadual de Goiás (UEG) e tornou-se uma voz ativa no debate sobre tolerância religiosa e laicidade do Estado.

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