Política VERBA FEDERAL

Rubens Otoni critica contradição da Prefeitura em anúncios de obras do PAC: 'nem começou'

Deputado aponta que, diferente de outros municípios, gestão ainda não iniciou obras com recursos já garantidos e alerta para risco de Anápolis perder novos investimentos federais

01/07/2025 18h00
Por: Emilly Viana
Foto: Reprodução
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O deputado federal Rubens Otoni (PT) criticou nesta terça-feira (1º), em entrevista ao DM Anápolis, a postura do prefeito Márcio Corrêa (PL) ao divulgar projetos cadastrados na nova etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) enquanto as obras já aprovadas pelo governo federal seguem sem sair do papel. 

“A administração não vive de ficar jogando conversa para frente. A prefeitura tem que falar de fazer o que já está na mão dela. Como falar em outras obras do governo federal em Anápolis se nem as que estão colocadas aí começaram a ser executadas?”, questionou.

Otoni lembrou que, na primeira fase do PAC, Anápolis foi contemplada com cinco projetos - uma policlínica, uma escola de tempo integral, duas UBSs e uma creche - que somam mais de R$ 50 milhões em investimentos 100% federais. Segundo ele, outras cidades goianas já iniciaram a execução dessas obras, enquanto em Anápolis “está só a área lá, processo de licitação ainda em curso e nenhuma dessas obras iniciadas”.

“Todos os recursos estão disponíveis e alguns municípios já fizeram licitação e iniciaram obra. Ontem estive em São João da Paraúna, Paraúna, Jandaia, Indiara, Cezarina e Guapó. Desses seis municípios, três já tinham obras sendo executadas e outras em processo de licitação, todas do governo federal”, contou.

O parlamentar também reagiu ao anúncio feito por Márcio Corrêa no dia 23 de junho sobre a construção da policlínica no bairro Adriana Parque. Em vídeo publicado nas redes sociais, o prefeito informou que a unidade seria licitada em breve. Otoni, no entanto, ressaltou que os recursos são do PAC e lamentou não ter sido comunicado nem convidado. “Fico feliz que estejam usando a verba do PAC. Faltou dar o crédito”, comentou.

Para o petista, a prefeitura precisa realizar o que já está garantido para continuar pleiteando novos investimentos. “Não adianta ficar falando que está esperando recurso do governo federal para fazer A, B ou C. O que tem que falar é o seguinte: já tem recurso do governo federal para fazer uma policlínica, uma UBS, uma escola de tempo integral, uma creche. E precisa ser realizado”, reforçou.

Ele também advertiu que a falta de execução pode comprometer novos repasses. “Se a administração não der conta de fazer e colocar essas obras, eles não têm nem como receber outros recursos, não adianta colocar mais recursos", disse.

Otoni explicou que a contrapartida da prefeitura foi cumprida com a cessão das áreas onde as obras serão construídas, já regularizadas junto ao governo federal. “Essas obras têm 100% de recurso federal. A contrapartida foi dada pelo município com a garantia das áreas. Para fazer essa seleção, obrigatoriamente essas áreas deveriam estar definidas e aprovadas em documentação”, apontou.

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