A Polícia Civil de Goiás deflagrou nesta segunda-feira (1º) a segunda fase da Operação Paper Ox, que investiga uma organização criminosa suspeita de fraudar Guias de Trânsito Animal (GTAs) e notas fiscais ligadas à comercialização e transporte de gado. Anápolis está entre as cidades goianas onde foram cumpridos mandados. A ofensiva, que conta com o apoio da Agrodefesa, mobilizou 90 policiais civis em 12 municípios de cinco estados e do Distrito Federal.
Ao todo, a operação cumpre 48 ordens judiciais, sendo 4 mandados de prisão preventiva, 19 medidas cautelares diversas da prisão e 25 mandados de busca e apreensão. A Justiça também determinou a indisponibilidade de bens dos investigados no valor de R$ 127 milhões.
Em Goiás, os alvos estão localizados em Anápolis, Goiânia, Catalão, Porangatu, Goiatuba, Luziânia, Jussara e Goiandira. Fora do estado, a operação também se estende a Brasília (DF), Palmas (TO), Pontal do Araguaia (MT) e Cardoso (SP).
Segundo a Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Rurais (DERCR), responsável pela investigação, esta é a segunda etapa da apuração que já identificou um esquema estruturado de emissão fraudulenta de documentos obrigatórios para a circulação e comercialização de bovinos. As falsificações permitiam a movimentação irregular de rebanhos, sem controle sanitário e sem pagamento dos devidos tributos, o que representa risco à saúde pública e prejuízos à arrecadação.
A Agrodefesa, órgão estadual de defesa agropecuária, atua em conjunto com a Polícia Civil para auxiliar na análise técnica dos documentos e no rastreamento da origem e destino dos animais.
Por enquanto, a Polícia Civil não divulgou os nomes dos investigados, nem se houve prisões em Anápolis. Informações atualizadas devem ser repassadas pela corporação ao longo do dia, já que parte dos delegados envolvidos na operação está em diligência em outros estados.