Anápolis CONTAGEM REGRESSIVA

Márcio Corrêa corre contra o tempo para cumprir promessas acumuladas para julho

Prefeito anunciou entregas em diversas áreas para o mês de aniversário da cidade, mas enfrenta atrasos, revisões de prazos e pressão da população

01/07/2025 20h00
Por: Emilly Viana
Fotos: Reprodução / Prefeitura de Anápolis
Fotos: Reprodução / Prefeitura de Anápolis

Com uma série de entregas prometidas para o mês do aniversário de Anápolis, o prefeito Márcio Corrêa (PL) inicia julho pressionado a apresentar resultados concretos. As promessas envolvem áreas sensíveis como saúde, educação e infraestrutura, com prazos que vêm sendo sucessivamente adiados desde o início da gestão.

A primeira delas diz respeito à antiga UPA da Mulher, fechada em janeiro por determinação do novo governo. Na época, Corrêa alegou “falta de oxigênio e infraestrutura” para justificar a suspensão das atividades, sem detalhar tecnicamente as condições encontradas. 

A unidade, construída com recursos destinados pela então primeira-dama e atual deputada estadual Vivian Naves (PP), deveria ser reaberta em abril sob o novo nome de UPA Central, conforme peças publicitárias da Prefeitura. No entanto, a data foi revista, e o prefeito agora afirma que a reabertura deve ocorrer entre 40 e 60 dias a partir de meados de abril.

A reestruturação da rede pública de saúde também inclui a reinauguração do Hospital Municipal Georges Hajjar, no Residencial Leblon. A unidade, inaugurada ainda em dezembro pela gestão anterior, permanece fechada por seis meses. A retomada do funcionamento está prevista para o dia 30 de julho, conforme anunciou o vereador Jean Carlos (PL), líder do governo na Câmara. Para viabilizar a abertura, a Prefeitura firmou contrato emergencial com a OS Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus, com valor de R$ 32,8 milhões.

Na edução, o governo anunciou a criação do programa Merenda Nota 10, em resposta às crescentes reclamações sobre a alimentação escolar. Corrêa prometeu iniciar uma força-tarefa em julho para reestruturar todas as unidades e garantir, a partir de agosto, até três refeições diárias com mais variedade nutricional. A meta é resolver o desabastecimento de alimentos, especialmente carnes, que tem gerado críticas de pais e professores.

Na educação, a Prefeitura também pretende licitar neste mês a construção de um novo Cmei no bairro Jardim Primavera, onde o déficit de vagas na educação infantil ultrapassa 4,5 mil alunos. A unidade terá 1.500 m² e, segundo o secretário de Obras, Thiago de Sá, as obras devem começar entre agosto e setembro. Ainda segundo o governo, seis reformas escolares serão entregues até o fim do mês.

No campo da infraestrutura, Corrêa prometeu entregar até 15 de julho escrituras de imóveis na Vila Goiás e iniciar a pavimentação da Avenida Ferroviária, com uso de maquinário da própria Prefeitura. Em vídeo publicado nas redes sociais, o chefe do Executivo anapolino classificou a região como prioridade da atual administração.

Ficou para depois

Já a trincheira do Recanto do Sol, uma das principais obras de mobilidade urbana da cidade, teve a entrega adiada. Em maio, a Prefeitura afirmou que o viaduto seria entregue em julho. 

No entanto, no último dia 22 de junho, Corrêa gravou novo vídeo no canteiro de obras dizendo que a conclusão deve ocorrer “nos próximos 60 dias”. A obra, retomada em março, é considerada estratégica para o tráfego da região Norte, que reúne cerca de 30 mil moradores, segundo o IBGE.

Nos bastidores, a informação é que o atraso na entrega das obras da trincheira do Recanto do Sol frustrou o prefeito. Corrêa gostaria de inclui-la na agenda positiva que lançará em julho, para a comemoração dos 118 anos da cidade.

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