A audiência pública de prestação de contas do primeiro quadrimestre de 2025 teve um clima beligerante, pouco amistoso e de muitos olhares tensos na última sexta-feira (27). Chamou atenção a rápida saída do prefeito Márcio Corrêa (PL), que deixou a Câmara de forma rápida e pelos fundos do plenário.
O forte aparato de segurança também trouxe um ineditismo para este tipo de audiência, além de uma viatura da Polícia Militar. Havia pelo menos oito seguranças com o prefeito. Pessoas que estiveram na galeria para criticar Corrêa relataram ainda que foram intimidadas pelos seguranças.
Recordar é viver
Circula nas redes sociais um vídeo que compara a fala do prefeito – de que sempre debateu de frente com opositores – ao passado recente em que Corrêa, enquanto candidato, faltou a maior parte dos debates na eleição de 2024 justamente para evitar confronto.
Companheiro é companheiro
O vice-prefeito Walter Vosgrau (MDB) esteve na Câmara Municipal para a prestação de contas de Corrêa e deu apoio ao prefeito. O gesto se dá apesar dos relatos que o emedebista tem feito ao seu círculo mais íntimo, de que está decepcionado com a administração do colega em diversos aspectos.
Ficou na promessa
Márcio Corrêa, inclusive, não cumpriu a palavra que deu em entrevista ao Jornal Opção, no dia 20 de junho, de que a nomeação do secretário de Comunicação se daria até a última sexta-feira (27). Vale lembrar que o posto abriu uma crise entre o prefeito e o PL, que teve uma indicação sua preterida para o cargo. Depois, Corrêa voltou atrás e evitou nomear indicado do MDB.
Sem viés político
Durante a prestação de contas, Márcio Corrêa foi questionado sobre a ponte estaiada, que está com as obras paralisadas. Disse que a parada se deu não por um viés político, mas sim por questões administrativas. Reforçou que a Prefeitura não tem dinheiro para bancar a continuidade da obra que liga as avenidas Brasil e Pedro Ludovico.
Aliados apostam em conciliação rápida entre Márcio Corrêa e Seliane Santos
A briga entre Márcio Corrêa e Seliane Santos (MDB) não vai se prolongar. É o que apostam aliados de ambos depois de uma discussão feia que os envolveu na última quinta-feira (26), no gabinete do prefeito, no Centro Administrativo Adhemar Santillo.
A vereadora pleiteava o uso de mão de obra carcerária para a construção de abrigos de animais e ficou irritada por não ser chamada para reunião do prefeito com a Polícia Penal. Chegou a dizer a Corrêa que rompeu com o grupo e não integraria mais a base.