Políticos e lideranças aliadas ao prefeito Márcio Corrêa (PL) voltaram a se queixar do que chamam de “falta de palavra” do chefe do executivo municipal. Na última semana, seis vereadores relataram à coluna que compromissos firmados anteriormente não foram cumpridos.
Os acordos são, sobretudo, para indicação de cargos no executivo, mas também há acertos políticos que teriam sido descumpridos. Uma parlamentar define a insatisfação: “estaria tudo muito bem se o prefeito cumprisse o que fala”.
Exceções
Entre os vereadores, porém, estão aqueles que são muito bem atendidos e estão mais que satisfeitos. São os casos da presidente da Câmara, Andreia Rezende (Avante), José Fernandes (MDB), Jean Carlos (PL) e Marcos Carvalho (PT), que têm a maior parte de seus acordos – se não a totalidade – cumpridos.
Bronca grande
Um candidato a vereador pelo PL no ano passado disse à coluna que a promessa de Corrêa era de que, se eleito, todos os 24 candidatos da chapa seriam lembrados. Até aqui, porém, apenas cinco deles foram chamados por Corrêa para auxiliar na administração. O ‘meio-campo’ já passou por Hélio Araújo, Clodoaldo Dias e agora Jean Carlos.
Expectativa
Depois de a presidente Andreia Rezende confirmar que Corrêa prestará contas do primeiro quadrimestre de 2025 ainda este mês, fica a dúvida: alguém o questionará sobre o suposto envolvimento em ataques virtuais investigados pela polícia? Há mais de um mês ele se calou sobre o tema
Campanha de bastidor
Antes da prestação de contas, Corrêa fez o “dever de casa”, segundo alguns aliados, de desidratar a oposição, que venha num tom crescente. Fred Caixeta (PRTB) e Thais Souza (Republicanos), por exemplo, foram cooptados. Domingos Paula (PDT) também teria buscado acordo, segundo Jakson Charles (PSB).
“Tenho caneta na mão e autonomia”, diz Corrêa ao negar pressão do PL
Márcio Corrêa, em entrevista ao site Realidade do Povo, afirmou que não houve pressão do PL para indicar um novo nome para a Secretaria de Comunicação, tampouco veto a outro potencial sucessor de Luís Gustavo Rocha.
O chefe do executivo afirmou que tem “a caneta na mão e governo com autonomia, sem pressão de partidos ou aliados”. Apesar da declaração do prefeito, na semana passada ele enfrentou muitos questionamentos e forte pressão da direção estadual para evitar a nomeação de um profissional ligado ao MDB.