Jogo da Memória leva patrimônio cultural de Anápolis às salas de aula

Um jogo de memória que apresenta os bens culturais de Anápolis começará a ser distribuído gratuitamente em escolas da rede municipal e instituições culturais ainda neste mês de junho. O lançamento oficial ocorreu durante o World Creativity Day (WCD) 2025, no Espaço Santosha, e integra um projeto aprovado por meio da Lei Paulo Gustavo.

Intitulado Jogo de Memórias: Patrimônio Cultural de Anápolis, o material foi desenvolvido pelos produtores culturais Andreza Rigo e Danilo Costa, com base nas ilustrações criadas para a Cartilha do Patrimônio Cultural de Anápolis, atualmente em produção. A proposta é divulgar, de forma lúdica, elementos da memória e da identidade local.

“Enquanto Anápolis corre para o futuro, um jogo infantil tira da gaveta da história os patrimônios que contam quem somos”, declarouAndreza Rigo, durante o evento de lançamento. 

Segundo ela, o projeto surgiu da vontade de ampliar o alcance dos conteúdos produzidos para a cartilha. “A partir das ilustrações feitas para a Cartilha, surgiu o desejo de criar outros formatos para divulgar esse conteúdo tão importante", disse.

O jogo reúne representações visuais de bens culturais tombados pelo município, como o Mercado Municipal Carlos de Pina, primeiro bem tombado de Anápolis; o Museu Histórico Alderico Borges de Carvalho, edificação mais antiga da cidade; e a Estação Ferroviária Prefeito José Fernandes Valente. Também estão presentes expressões do patrimônio imaterial, como a tradicional Folia de Santos Reis, manifestação religiosa popular no interior do Brasil.

“Alguns patrimônios, como os conjuntos arbóreos das Praças Americano do Brasil e Dom Emanuel, são pouco conhecidos pela população”, observou Danilo Costa. “O jogo ajuda a divulgar esses bens culturais de forma lúdica", acrescentou.

Além da distribuição gratuita, o jogo será vendido ao público por R$ 50. Uma versão em braille também está prevista. O projeto adota como referência o pensamento do escritor Mário de Andrade, que defendia a preservação do patrimônio como parte do processo de alfabetização cultural.

A proposta é que o jogo funcione como material de apoio a partir do 3º ano do Ensino Fundamental, etapa em que a história local começa a ser abordada com mais profundidade no currículo. “Queremos que as crianças e adultos aprendam sobre nossa história de forma divertida”, reforçou Danilo Costa.

Vídeos educativos sobre o patrimônio anapolino também estão disponíveis no canal Patrimônio Cultural Anápolis, no YouTube.