O vereador por Goiânia Major Vitor Hugo (PL) anunciou que será novamente candidato a deputado federal nas eleições de 2026. O comunicado foi feito por meio de um vídeo publicado nas redes sociais nesta terça-feira (17), no qual ele aparece ao lado de lideranças do PL, incluindo o prefeito Márcio Corrêa (Anápolis).
O parlamentar explicou que a decisão foi tomada após reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro na segunda-feira (16), em Brasília. “Nesse momento, Bolsonaro me chamou, ontem tivemos uma conversa muito franca”, disse.
Vitor Hugo foi o primeiro líder do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados e, em 2022, disputou o Governo de Goiás, terminando em terceiro lugar com mais de meio milhão de votos. Segundo ele, o ex-presidente lhe deu a missão de voltar à Câmara Federal. “Sou um soldado do PL e do bolsonarismo”, afirmou.
“Fui candidato ao governo de Goiás porque o bolsonarismo precisava de um representante para aqui. Eu vinha sinalizando uma pré-candidatura ao Senado por entender que o Senado é o local mais estratégico, onde acontecerão grandes embates em 2026”, acrescentou.
O parlamentar também dirigiu um recado ao presidente do PL em Goiás, senador Wilder Morais, e ao deputado federal Gustavo Gayer, presidente do partido em Goiânia. “Um abraço a todos os dirigentes, para que façam boas escolhas”, afirmou, sem citar diretamente os movimentos que envolvem a disputa pela única vaga ao Senado em 2026.
Bastidores
Líder da principal prefeitura comandada pelo PL em Goiás, a relação de Márcio Corrêa com o partido tem enfrentado ruídos nos bastidores. A intenção de nomear Paulo Bittencourt para a Secretaria de Comunicação da Prefeitura, preterindo uma indicação feita por Wilder Morais, gerou desconforto entre membros da executiva estadual.
Bittencourt é próximo de Gean Carvalho, secretário de Comunicação do Governo de Goiás e tio do vice-governador Daniel Vilela (MDB), a quem Corrêa tem sinalizado apoio para a disputa pelo Palácio das Esmeraldas em 2026. O movimento, somado à recusa de um nome indicado diretamente pelo senador Wilder, foi lido por lideranças do PL como uma sinalização clara de distanciamento do grupo bolsonarista em Goiás.