Com a chegada do inverno, os cuidados com a saúde respiratória se tornam ainda mais urgentes, principalmente diante do aumento de infecções ocasionadas pelo frio e pela permanência prolongada em ambientes fechados e mal ventilados. Especialistas reforçam que a imunização contra doenças pneumocócicas deve ser prioridade, sobretudo entre os grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com comorbidades.
A recomendação vem em um momento crítico do ano, quando síndromes gripais e vírus respiratórios circulam com maior intensidade, abrindo espaço para infecções bacterianas secundárias de alta gravidade, como pneumonia, meningite e septicemia. “O inverno coincide com um período de maior circulação viral, o que amplia o risco de infecções respiratórias, principalmente em crianças, idosos e pessoas com comorbidades. Manter a vacinação em dia é fundamental para evitar complicações sérias”, destaca o infectologista Claudilson Bastos.
Segundo ele, a imunização é uma aliada importante não apenas na prevenção de infecções virais, mas também de quadros bacterianos graves que podem se desenvolver como consequência. “As síndromes gripais podem favorecer infecções bacterianas secundárias, como pneumonia e meningite, especialmente entre os mais vulneráveis. Por isso, além da vacina contra a gripe, é essencial considerar a proteção contra o Streptococcus pneumoniae, agente causador de doenças pneumocócicas graves e preveníveis”, reforça o especialista.
Os imunizantes pneumocócicos estão disponíveis tanto na rede pública quanto na rede privada, oferecendo proteção eficaz e acessível. Com cobertura contra 20 sorotipos da bactéria pneumocócica, ela é atualmente a vacina conjugada de mais amplo espectro disponível. Indicada para adultos e idosos, especialmente aqueles com condições crônicas ou imunossuprimidos, a Pneumo 20 é administrada em dose única a partir dos dois anos de idade, o que facilita o acesso e aumenta a adesão ao esquema vacinal.
Para bebês de sete a 11 meses, são necessárias três doses; já para crianças entre 12 e 23 meses, duas doses são recomendadas. “Vacinar-se vai além da proteção individual. É um compromisso coletivo com a saúde pública. Quanto maior a cobertura vacinal, menor a circulação de agentes infecciosos e maior a proteção para toda a comunidade”, conclui Bastos.