Anápolis SOLIDARIEDADE

Anapolino busca apoio para tratamento de filha com doença neurológica rara

Maria Eduarda, de 12 anos, foi diagnosticada com Encefalite de Rasmussen. Família realiza campanha para custear medicamento importado

08/06/2025 15h00
Por: Lara Duarte
Foto: Arquivo Pessoal
Foto: Arquivo Pessoal

Diagnosticada com Encefalite de Rasmussen, uma doença neurológica inflamatória e progressiva, Maria Eduarda, de 12 anos, realiza tratamento em Goiânia com apoio dos pais, Fernanda Resende e Leandro Marques. A família iniciou uma campanha de arrecadação para viabilizar o uso de um medicamento europeu com custo estimado de R$ 200 mil por ano.

A família Marques acompanha, desde 2018, a evolução do quadro clínico de Maria Eduarda, que começou a apresentar os primeiros sintomas da Encefalite de Rasmussen aos seis anos. A condição afeta um dos hemisférios cerebrais e compromete progressivamente funções motoras, cognitivas e neurológicas.

No caso da menina, o lado esquerdo do cérebro foi o mais afetado, impactando a fala, a escrita e o raciocínio. Houve perda dos movimentos do braço e da mão direita. Desde então, ela passou a utilizar a mão esquerda para atividades cotidianas e lida com crises epilépticas recorrentes.

Ao longo dos anos, foram utilizados diversos recursos terapêuticos disponíveis, incluindo imunoglobulinas, corticóides em doses elevadas, plasmaférese, duas cirurgias no cérebro e a implantação de um estimulador do nervo vago (VNS). Apesar das intervenções, a inflamação cerebral persiste.

Seus pais, Fernanda e Leandro, se desdobram para garantir qualidade de vida à filha. “Nosso maior desejo é dar à Duda uma nova chance. Já tentamos tudo que a medicina ofereceu até agora. Essa nova medicação pode ser o começo de uma nova etapa”, diz Fernanda. Leandro, pai e trabalhador anapolino, se mantém firme no propósito de sustentar a família e manter a luta ativa, enquanto o tratamento é conduzido em Goiânia.

Diante da progressão da doença, os responsáveis pela paciente consideram o uso de um medicamento injetável, de origem europeia, com potencial de conter o avanço da condição. O tratamento, segundo a família, não está disponível na rede pública e apresenta custo anual elevado, em torno de R$ 200 mil.

Com esse objetivo, foi lançada uma campanha online para arrecadação de recursos. Em pouco mais de um mês, o valor arrecadado permitiu a aquisição de duas doses mensais do medicamento. A mãe de Maria Eduarda, Fernanda Resende, reforça que o tratamento exige continuidade para que haja eficácia. “Não podemos parar o tratamento depois de iniciado. Contamos com quem puder nos ajudar”, afirma.

As contribuições podem ser feitas via Pix para a chave 62992628691. Também estão disponíveis dados bancários: Banco Inter (077), agência 001, conta 10996718-6, em nome de Fernanda A R Resende. Informações adicionais são compartilhadas no perfil @fernanda_albernaz20, no Instagram.

Além da filha em tratamento, o casal também é responsável por Isadora, de 20 anos, e Leandro Filho, de 7. A rotina da família envolve revezamentos e cuidados constantes, compatibilizados com as atividades profissionais e a condução do tratamento em Goiânia.

A Encefalite de Rasmussen é considerada uma condição neurológica rara. Comumente diagnosticada na infância, pode provocar convulsões frequentes, hemiparesia (paralisia de um lado do corpo) e deterioração das funções cognitivas. O tratamento geralmente exige equipe multidisciplinar e acompanhamento especializado.

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