Anápolis EDUCAÇÃO

CMEI Maria Gracinda corre risco de fechar após 15 meses sem aluguel pago

Imóvel no bairro São Carlos segue sendo usado pela Prefeitura de Anápolis mesmo sem contrato vigente; faixa foi colocada no local cobrando pagamento e ameaçando suspensão das atividades

08/06/2025 10h00 Atualizada há 6 dias
Por: Emilly Viana
Foto: Lucivan Machado
Foto: Lucivan Machado

O CMEI Maria Gracinda, no bairro São Carlos, corre o risco de fechar as portas, segundo o proprietário do prédio onde a unidade funciona, Ademir Alves da Cruz. O administrador denuncia que a Prefeitura de Anápolis mantém o uso do imóvel sem contrato há mais de um ano e com 15 meses de aluguel em atraso. O último pagamento, segundo ele, foi feito em fevereiro de 2024.

Desde então, com o vencimento do contrato naquele mês, o prédio continua sendo utilizado pela Secretaria Municipal de Educação, sem formalização de novo acordo e sem repasses mensais. A creche atende atualmente cerca de 170 crianças.

Para pressionar a administração a retomar o diálogo, o proprietário colocou uma faixa na entrada da unidade com os dizeres: "Informamos que o CMEI Garcinda Maria será fechado a partir de 15 de junho de 2025 por falta de pagamento desde fevereiro 2024."

Ademir Alves tenta negociar um reajuste no valor do aluguel desde a gestão anterior, mas sem sucesso. O valor bruto do contrato era de R$ 6.800 mensais. “Está funcionando normalmente, tudo perfeitinho, só que nós não recebemos. Não tem contrato e eles vão usando o colégio como se fosse deles”, disse ao DM Anápolis. 

O proprietário também conta que tentou conversar com representantes da atual administração, mas não foi atendido. “Já falei com o Tiago, com o Ala, e nunca consegui falar com a secretária. Nem com o prefeito. Só dizem que não têm autonomia para resolver", relatou.

A notificação extrajudicial exigindo a devolução do imóvel e o pagamento dos valores em aberto foi entregue à Secretaria de Educação em janeiro deste ano e recebida por uma servidora do município. O documento estabelece prazo para desocupação e alerta para as providências legais em caso de descumprimento.

Mesmo sem perspectiva de retomada do contrato, o proprietário afirma que não deseja encerrar o atendimento às crianças. “Minha filha é quem é a dona, mas mora fora. Eu que administro. A intenção não é tirar a creche, é só regularizar. Só que está ficando insustentável. Eu não posso continuar bancando sozinho", declarou.

A reportagem solicitou posicionamento oficial da Prefeitura de Anápolis sobre o caso. Até a publicação desta reportagem, não houve resposta. O espaço segue aberto para manifestação.

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