Depois de ter estremecidas suas relações com parte significativa dos líderes religiosos por ter sido apontado como coordenador do perfil Anápolis na Roda – que atacou vários deles – o prefeito Márcio Corrêa (PL) tenta reconstruir pontes e, neste caminho, projeta patrocinar, via Prefeitura, a Marcha para Jesus.
O evento acontece no segundo semestre e, como em Goiânia, deve ser bancado pelo município. A ideia foi tratada por Corrêa com o Conselho dos Pastores em reunião na quarta-feira (4), em que o prefeito fez o anúncio.
Dois coelhos
Além de servir como uma ponte para reaproximação, o prefeito usa o ato para tentar se antecipar a Roberto Naves (Republicanos). Na semana anterior, o agora presidente da Goiás Turismo já havia aberto as portas para firmar uma parceria com o segmento religioso na promoção da Marcha para Jesus.
Ausências sentidas
Algumas denominações da Igreja Evangélica estiveram ausentes, pelo menos sem a presença dos principais líderes. Entre elas a Church City, Vida Nova, Batista, Esconderijo do Altíssimo e da Assembleia de Deus Ministério Madureira. Alguns deles estavam fora da cidade. A mais representada foi a Assembleia de Deus Ministério Anápolis.
Atrasado
Está atrasada a prestação de contas do primeiro quadrimestre fiscal da administração. Por conta do envolvimento de seu nome em operação policial, Corrêa tem evitado embates e aparecer publicamente onde pode ser confrontado. A expectativa era de que a audiência na Câmara ocorresse em maio, mas ainda não está marcada.
Três semanas
Desde a deflagração da Operação Máscara Digital, Corrêa não teve agendas públicas e não concedeu entrevistas para esclarecer os fatos. Ele segue a estratégia de seu QG político e de marketing, como mostrou o DM. A expectativa é de que uma decisão judicial contra a investigação possa dar a ele discurso.
PSDB aprova incorporação do Podemos, e quadro em Anápolis terá impacto
O PSDB aprovou nesta quinta-feira (5), em convenção nacional, a incorporação do Podemos à sua estrutura partidária. Antes, esperava-se uma fusão, mas o entendimento mudou de figura na reta final da negociação.
Comandado pelo goiano Marconi Perillo, o movimento impactará Anápolis, uma vez que os partidos têm grupos distintos. Nos tucanos, a liderança é de Hélio José Lopes, abençoado pelo ex-governador. No Podemos, as cartas são da Igreja Assembleia de Deus – Madureira. É improvável que este grupo permaneça na legenda a partir da união.