O Ministério Público de Goiás (MPGO) se posicionou pela sequência da investigação contra o prefeito Márcio Corrêa (PL) no âmbito da Operação Máscara Digital. A promotora Adriana Marques Thiago, da 18ª Promotoria de Justiça de Anápolis, defendeu que a acusação seja remetida ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) e à Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), uma vez que o cargo dispõe de foro especial por prerrogativa de função.
Corrêa é apontado pela Polícia Civil como um dos envolvidos num grupo criminoso que atacava pessoas, instituições e empresas nas redes sociais, num perfil nomeado como Anápolis na Roda. A investigação comandada pelo delegado Marcos Adorno descobriu um grupo – intitulado Café com Pimenta – no qual o prefeito nomeava pessoas que deveriam ser alvos do perfil. Num dos prints, ele pede uma postagem contra a médica e candidata a vereadora na última eleição, Marcela Pimenta.
Thiago substituiu o promotor Eliseu Antônio da Silva Bello, que se declarou suspeito por reconhecer uma amizade de 13 anos com Márcio Corrêa. Depois da troca de promotores do caso, a juíza Marcella Caetano da Costa deu dois dias para manifestação do MP, que agora vem no sentido de dar sequência à investigação com a remessa dos autos para o TJGO.
Na manifestação, a promotora afirma que “embora ainda em fase inicial de análise, (a investigação) indica possível envolvimento direto da mencionada Autoridade (prefeito Márcio Corrêa) com prerrogativa de foro por função”, razão pela qual se dá a remessa dos autos a instância superior.
A Operação Máscara Digital foi deflagrada no dia 16 de maio e prendeu o então secretário de Comunicação da Prefeitura, Luís Gustavo Souza Rocha, auxiliar mais próximo do prefeito, e o ex-diretor de Comunicação da Câmara, Denilson Boaventura, além da ativista e candidata a vereadora na última eleição, Ellysama Aires.