Dominguinhos vê CEI como inevitável com avanço de investigação

O vereador Domingos Paula (PDT) vê a instalação da Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar ataques virtuais – que têm, segundo a Polícia Civil, envolvimento do prefeito Márcio Corrêa (PL) – como inevitável. De acordo com ele, o avanço da investigação fará com que colegas que retiraram assinaturas voltem atrás para apoiar a apuração. 

Na semana passada, a CEI chegou a atingir o número mínimo de oito assinaturas para instalação. Porém, João da Luz (Cidadania), Suender Silva (PL) e Thaís Souza (Republicanos) retiraram as assinaturas depois de pressão do executivo. 

Dominguinhos comparou o episódio à eleição para a mesa diretora da Câmara. De acordo com o pedetista, já havia acordo para reconduzi-lo à direção, mas Corrêa atuou para eleger aliados no comando do legislativo. O vereador afirma que o modus operandi se reproduziu com ainda mais agressividade para desmobilizar a CEI. 

“No ano passado tínhamos votos para fazer o presidente da Câmara se, por acaso, o executivo não entrasse em campo. E agora o interesse do executivo é bem maior em cima dessa CEI. Agora o executivo entrou com tudo. Não sei por que o medo do prefeito nesse assunto. Não tem mais volta. Tomou uma proporção muito grande. A Polícia Civil vai investigar. A mídia municipal, estadual e nacional vai entrar nesse assunto também. Vai chegar um ponto que a Câmara, através dos vereadores que retiraram as assinaturas, vai ter que participar”, avaliou, em entrevista ao programa Painel DM. 

Dominguinhos argumenta que o objetivo da instalação da CEI é apurar a denúncia de envolvimento do prefeito num grupo criminoso que promovia ataques direcionados na internet, pelo perfil Anápolis na Roda. A Polícia Civil remeteu inquérito ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) com pedido para que o prefeito seja investigado. 

“Queremos participar junto com a Polícia Civil para informar o cidadão do que está acontecendo. Depois que foi noticiado o prefeito da terceira maior cidade do estado está por trás de um grupo criminoso que destruiu lares na cidade de Anápolis, perseguição política, perseguição religiosa, a pessoas que trabalham em empresas. A gente tem que fazer uma investigação e ver o que está por trás disso”, destacou.