Política MÁSCARA DIGITAL

Jakson Charles defende Corrêa e o vê como inocente: “Eu garanto”

Vereador da base minimiza operação policial e critica tentativa de se instalar CEI para acompanhar investigação

30/05/2025 09h00
Por: Rafael Tomazeti
Foto: Ismael Vieira
Foto: Ismael Vieira

O vereador Jakson Charles (PSB) defendeu o prefeito Márcio Corrêa (PL) e afirmou que garante que, diferente do que aponta o inquérito da Polícia Civil no âmbito da Operação Máscara Digital, ele é inocente e não coordenava o grupo criminoso responsável por ataques em massa em perfis nas redes sociais. 

Em entrevista ao Painel DM nesta quinta-feira (29), o parlamentar, um dos principais aliados do prefeito na Câmara, foi taxativo. “Não está (implicado no crime). Eu garanto”. 

Outra das estratégias do vereador foi minimizar a investigação - o que já foi definido por articuladores de Corrêa como o grande objetivo e penetrou em parte das hostes bolsonaristas nos grupos locais. Para isso, citou outros crimes, a nível de Estado, em gestões anteriores, apontando corrupção, por exemplo, na obra do Anel Viário do Daia, e fez menção à prisão do ex-governador Marconi Perillo (PSDB). 

Charles afirmou ter sido um dos alvos do grupo, que segundo a polícia incluía um então secretário de Comunicação da Prefeitura de Anápolis e diretor de Comunicação da Câmara Municipal, mas disse que não procurou as autoridades para denunciar, nem o fará. O parlamentar alega que não há novidade no modus operandi. “Isso não é novo. Parece que estamos falando de algo novo, mas não é”. 

Apesar da tentativa de reduzir a Operação Máscara Digital, o vereador parabeniza a Polícia Civil. “Amém que a polícia está fazendo esse trabalho para buscar pessoas que fazem isso. Quem estiver envolvido tem que pagar na Justiça”, afirmou. Mais tarde, todavia, considerou que a punição aos envolvidos não deve passar de “uma multa”. 

Jakson Charles criticou parlamentares da oposição, que tentam a instalação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para acompanhar a investigação. Ele afirmou que trata-se de uma tentativa de criar “palanque político” e avaliou que não há motivo para que o colegiado seja criado. 

“O objetivo não é resolver o problema de fato. É atacar o gestor, desestimular o sossego da cidade”, argumentou o pessebista.

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