As audiências públicas planejadas pela frente parlamentar que quer uma investigação mais ampla sobre o escândalo do perfil de ataques na internet – que teria o envolvimento do prefeito Márcio Corrêa (PL) – podem dar um caráter de Comissão Especial de Inquérito (CEI) ao movimento. A CEI em si não deve sair pela pressão que o executivo faz sobre vereadores como Suender Silva (PL) e João da Luz (Cidadania), que retiraram assinaturas.
Várias vítimas já foram contatadas e foram receptivas à ideia e serem ouvidas em audiência pública para tratar sobre o tema. O grupo quer entender toda a conotação e as conexões políticas por trás do ‘Anápolis na Roda’.
Pressão do outro lado
Muitos pastores também pressionam outros líderes religiosos e igrejas a se pronunciarem sobre o escândalo. Vários pastores, ligados ao grupo político que está no poder, foram alvo e optaram pelo silêncio. Foram nominalmente citados em mensagem que circula em grupos religiosos sete parlamentares ligados a algumas denominações, em maior ou menor grau.
Receio
Muitos vereadores expressam preocupação com o conteúdo que a polícia pode obter nos celulares apreendidos. E não é apenas para resguardar o prefeito, mas a si próprio. Há quem tema, inclusive, que a Operação Máscara Digital possa dar origem a outros inquéritos.
Troca de titular
Está aberto o diálogo entre Carlim da Feira e Nilson Sousa, ambos do PSD, para que haja, em breve, uma troca de titular em uma das cadeiras pessedistas. Carlim quer deixar o posto para dar lugar ao radialista, que é o segundo suplente. A primeira suplência era de Elias do Nana, hoje parlamentar em exercício no posto aberto por Divino Antônio, atual secretário de Esporte.
Não se identificou
Carlim da Feira tem dito a aliados que não se identificou com a função de vereador, que exige o hábito de ‘parlar’. O pessedista tem uma conduta mais tímida e prefere evitar a tribuna e os microfones. Ele espera conseguir uma secretaria na administração para deixar de ocupar a cadeira.
Caso ‘Anápolis na Roda’ deve mudar correlação de forças políticas
Ninguém no mundo político espera a manutenção do status quo com a deflagração da Operação Máscara Digital, que atinge em cheio a imagem do prefeito Márcio Corrêa, apontado no inquérito da Polícia Civil como líder do grupo que disseminava ataques nas redes sociais.
Vereadores da base foram fustigados pelo chamado ‘fogo amigo’ e outros terão de lidar com o balanço de interesses em breve. O que é óbvio para todos é que as coisas certamente não serão como se esperava que fossem em janeiro.