Anápolis URGENTE

Print confirma participação de Márcio Corrêa no Anápolis na Roda; prefeito é investigado

Márcio Corrêa aparece em conversas extraídas de celular de ex-secretário e teria instigado ataques em perfil anônimo, diz inquérito

23/05/2025 08h01 Atualizada há 3 semanas
Por: Emilly Viana
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A Polícia Civil de Goiás investiga o envolvimento direto do prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), com o perfil anônimo “Anápolis na Roda”, responsável por ataques difamatórios contra adversários políticos, empresários, religiosos e lideranças locais. O nome do chefe do Executivo aparece em um inquérito do Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic) como parte de um grupo de WhatsApp que orientava e incentivava publicações feitas em contas associadas ao perfil.

A investigação teve como base a análise forense do celular do ex-secretário de Comunicação do município, Luís Gustavo Rocha, preso na Operação Máscara Digital e exonerado na última semana. A perícia revelou a existência de um grupo de mensagens nomeado “Café com Pimenta”, integrado por Corrêa, Rocha e o jornalista Denilson Boaventura, também investigado. Ambos já foram liberados, mas continuam respondendo à apuração.

De acordo com o relatório encaminhado à 5ª Vara Criminal de Anápolis, entre as mensagens identificadas há uma atribuída diretamente ao prefeito: “Bora soltar essa no Anápolis na roda 3”, diz o texto, reproduzido no documento. Para os delegados Luiz Carlos Cruz Filho, Marcos Adorno e Leonilson Sousa, a fala é um indício de instigação ou direcionamento das postagens feitas no perfil investigado.

Diante da citação de uma autoridade com foro por função, os delegados determinaram o envio do caso ao Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, que deve avaliar a autorização para o prosseguimento das diligências. O inquérito observa que, mesmo em fase inicial, as evidências já “indicam possível envolvimento direto da mencionada autoridade”.

A extração dos dados foi feita por meio do software forense do CyberGaeco, núcleo do Ministério Público de Goiás, com validação por três padrões internacionais de integridade digital. A tecnologia é a mesma usada em ambientes de segurança cibernética e criptografia de dados sigilosos. O relatório aponta que não houve qualquer violação na cadeia de custódia das provas e que os registros podem ser utilizados como evidência judicial.

A Polícia também informou que outras publicações feitas no Anápolis na Roda serão cruzadas com os registros do grupo de WhatsApp. A investigação busca agora identificar se outros agentes públicos sabiam ou participaram do esquema, que chegou a atingir até 50 vítimas diferentes, segundo registros na delegacia.

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