Anápolis OPERAÇÃO

Polícia prende professor e aluno por venda de históricos falsos em faculdades de Direito de Anápolis

Operação investiga esquema que permitia eliminação irregular de disciplinas com documentos forjados

22/05/2025 10h00
Por: Redação
Foto: PCGO
Foto: PCGO

A Polícia Civil prendeu, nesta quarta-feira (21), dois suspeitos de envolvimento em um esquema de venda de históricos escolares falsificados usados para burlar o currículo de faculdades de Direito em Anápolis. A ação faz parte da Operação Histórico Express, conduzida pelo Grupo Especial de Investigações Criminais (Geic), que também cumpriu mandados de busca e apreensão e outras medidas cautelares.

Segundo o delegado Luiz Carlos Cruz, um dos presos é ex-coordenador de curso e professor universitário. O outro é estudante do 9º período em uma instituição diferente. As investigações começaram após uma faculdade identificar indícios de fraude na documentação apresentada por alunos para aproveitamento de disciplinas. A denúncia apontava o uso de históricos falsos para acelerar a conclusão do curso.

As apurações mostram que, por meio de mensagens trocadas por aplicativo, interessados conseguiam adquirir os documentos fraudulentos. O material permitia eliminar até quatro períodos da graduação. O valor cobrado por cada histórico girava em torno de R$ 2.500. “Com uma simples mensagem no WhatsApp, o interessado conseguia comprar um histórico falso e eliminar até quatro períodos do curso de Direito”, afirmou o delegado.

A prática, segundo a Polícia Civil, vinha ocorrendo há pelo menos um ano. Ainda não se sabe quantas pessoas foram beneficiadas pelo esquema, nem se alguma instituição de ensino participou ou foi omissa diante das fraudes. Documentos e aparelhos eletrônicos foram apreendidos e passarão por análise.

As investigações continuam com foco na identificação de todos os envolvidos na cadeia do crime, incluindo quem comercializava os documentos e os alunos que os utilizaram para obter vantagens indevidas. A pena para falsificação de documento público, se confirmada, pode ultrapassar cinco anos de prisão.

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