O vice-governador Daniel Vilela (MDB) afirmou que o governo estadual tem ‘disposição’ de ajudar a município com subsídio ao Sistema de Transporte Coletivo de Anápolis (STPA). O tema tem sido debatido desde a gestão anterior e voltou à tona com a administração de Márcio Corrêa (PL). Em entrevista coletiva, o emedebista disse que “a bola está com a Prefeitura e a concessionária (Urban)”.
Em evento no Teatro Municipal nesta terça-feira (13), Vilela revelou que, logo após a eleição, o prefeito o procurou e fez do apoio ao STPA um dos seus primeiros pedidos. O vice-governador apontou que a única exigência do Estado para que seja feito este aporte é a apresentação de um projeto da Urban, concessionária do sistema, para aprimorar o serviço.
“Não adianta falar que vamos ajudar com subsídio se não houver contrapartida da concessionária de trocar os ônibus, colocar ônibus modernos, com ar condicionado, wi-fi, câmeras de videomonitoramento. Levei, apresentei a ele o projeto e ele já chamou os concessionários do transporte coletivo. O Márcio os levou no meu gabinete. Estão totalmente dispostos. Disse a eles da nossa disposição de contribuir, ajudar no subsídio do transporte, desde que apresentassem um projeto como foi apresentado em Goiânia, garantindo esses investimentos e transformando a cidade de Anápolis nesse case de sucesso”, afirmou.
Vilela afirmou ainda que Anápolis “é uma cidade grande, que tem muitos colaboradores que dependem do transporte coletivo e merecem ter um transporte de qualidade e que seja referência.” O vice-governador apontou que, se o prefeito e a Urban constituírem o projeto, “vamos ajudar a subsidiar e baratear o transporte coletivo.”
Custos
O STPA, de acordo com a Urban, precisa de um subsídio público mensal estimado em R$ 5 milhões para equilibrar suas contas e garantir a operação com regularidade. A projeção foi feita pelo diretor jurídico da empresa, Carlos Leão, em entrevista ao Painel DM na segunda-feira (12).
Segundo o representante, o sistema apresenta desequilíbrio financeiro desde a gestão anterior, reflexo da alta nos custos e da queda no número de passageiros pagantes. “Parece um valor expressivo, mas todo sistema em que já tem uma envergadura, que existe um sistema está consolidado, licitado e regulamentado, fazem esse aporte. Em São Paulo, por exemplo, são R$ 7 bilhões. Em Goiânia e Região Metropolitana, só no ano passado, foram mais de R$ 400 milhões", argumentou.