Anápolis SEGURANÇA

Moradores relatam medo após cão atacar cinco pessoas no bairro Tangará

Vítimas, incluindo duas crianças, foram mordidas pelo mesmo animal; tutores prometeram tomar providências, mas vizinhos relatam reincidência

06/05/2025 18h00
Por: Lara Duarte
Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Moradores do bairro Tangará, em Anápolis, relataram ao DM Anápolis episódios recorrentes de ataques por um cachorro da raça Akita. Segundo as vítimas e familiares, ao menos cinco pessoas foram mordidas pelo mesmo animal, entre elas duas crianças e um idoso. Apesar das reclamações feitas por moradores e de registros formais dos casos, não houve, até agora, ação por parte das autoridades locais para conter a situação.

O caso mais recente ocorreu na tarde da última terça-feira (4). Romeika Dantas Antunes Fleuri procurou a Central de Flagrantes da Polícia Civil após seu filho de 7 anos, Henrique, ser atacado. O boletim de ocorrência informa que o animal escapou da garagem do tutor no momento em que ele chegava em casa. A criança correu, mas foi alcançada, derrubada e mordida nas pernas.

Henrique foi levado ao hospital com ferimentos que, segundo a mãe, provocaram fratura na tíbia. No dia seguinte, ele passou por exame de corpo de delito no IML. Vizinhos ajudaram no socorro. Romeika afirma que o mesmo cão já havia atacado sua filha de 9 anos em março e outros moradores da rua também foram mordidos.

Após o primeiro ataque, os moradores afirmam ter conversado com o tutor do animal, identificado como Hebert. Ele teria se comprometido a tomar cuidados para evitar novas ocorrências, como manter o cachorro preso durante a entrada do carro na garagem. No entanto, segundo Romeika, esse cuidado não foi mantido.

A moradora relata que, após o novo ataque, vizinhos voltaram a procurar o tutor, pedindo providências. Romeika também aponta que não há clareza sobre a situação do animal. “A gente não sabe se esse cachorro também está sendo maltratado, o porquê de ele estar tão agressivo assim”, disse à reportagem.

A Polícia Civil orientou que a denúncia fosse registrada pessoalmente. Segundo Romeika, não houve envio de viatura para atendimento no local. Ela questiona a ausência de medidas mais diretas por parte das autoridades. “Vai esperar acontecer mais o quê? Matar uma criança lá na rua?”, declarou.

Romeika também informou que procurou o Centro de Zoonoses, mas não obteve retorno. Relatos indicam que outros moradores procuraram unidades de saúde para atendimento após ataques anteriores, mas sem registro formal de queixas até então.

O DM Anápolis entrou em contato com a Prefeitura de Anápolis para solicitar esclarecimentos sobre a atuação do Centro de Zoonoses e eventuais providências, mas não também não houve resposta até o fechamento desta edição.

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