O organograma da Prefeitura de Anápolis ganhou mais 78 cargos comissionados a partir da aprovação da reforma administrativa enviada à Câmara pelo prefeito Márcio Corrêa (PL). Até então, a última mudança administrativa, com Roberto Naves (Republicanos), em 2023, estabeleceu 1.444 cargos em comissão. Agora são 1.522.
Chama atenção, como mostrou a coluna, a criação do cargo de subsecretário, que foi criticado por vereadores como Rimet Jules (PT) e Luzimar Silva (PP) na sessão que deu aval ao texto do executivo. Os salários desta função são de R$ 14.398 mensais.
Quase R$ 6 milhões por mês
Se todos os cargos estiverem ocupados, a Prefeitura vai pagar R$ 5.929.103,13 por mês de salários somente para comissionados. A folha total, com o pagamento dos estatutários, supera os R$ 60 milhões mensais depois do reajuste do Piso Nacional do Magistério deste ano.
Contradição
A criação de cargos comissionados vai na contramão do discurso anterior de Corrêa. O prefeito afirmou que tocaria a máquina com um terço do total de cargos, número ultrapassado com 40 dias de gestão. Ele também tem pregado economia e diz que a Prefeitura está com dificuldades financeiras.
Nova diretoria
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Anápolis (SindiAnápolis) dará posse à nova diretoria na terça-feira (6). Como não houve a inscrição de outra chapa, a única inscrita será eleita por aclamação. O atual presidente, Grattony Gratão, seguirá no comando da entidade sindical.
Alerta
A recente elevação do tom das cobranças de Suender Silva (PL) ligou o sinal de alerta na equipe de Márcio Corrêa. Ele cobrou maior participação em assuntos da Saúde, como presidente da comissão temática na Câmara, e fez uma crítica pública à secretária Eliane Pereira, que ele diz não tê-lo dado informações sobre o atraso no pagamento de ex-funcionários do INDSH.
Secretaria de Economia pode ter novo titular com desgaste de Schweigert
A Secretaria de Economia pode ter novo titular a partir da implementação da reforma administrativa da Prefeitura, já aprovada pela Câmara Municipal. O titular da pasta, Alex Schweigert, está na corda bamba. No fim de semana, o prefeito Márcio Corrêa ainda decidia se o manteria na gestão, mas na recém-criada Secretaria de Administração, ou o demitiria.
O motivo, dizem aliados de Corrêa, é o ‘baixo rendimento’. Há desgaste com colegas de outras pastas por atrasos no pagamento a fornecedores, e a gota d’água foi o caso dos cuidadores, que não receberam na semana passada.