Anápolis viveu uma retração inédita no mercado de trabalho no período pós-Covid-19. Em março, o município fechou 293 vagas de emprego, num resultado negativo que não ocorria neste mês desde 2020, justamente no momento em que vieram as primeiras medidas restritivas para conter a disseminação do coronavírus Sars-CoV-2.
Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Este é o resultado de 5.309 admissões e 5.602 desligamentos no período. O estoque de vagas com carteira assinada caiu para 116.203.
Para efeito de comparação, no ano passado foram abertas 876 vagas de emprego em março. Em 2024, o único resultado negativo foi em dezembro – que historicamente em Anápolis sempre fecha vagas. Em janeiro e fevereiro de 2025 houve 1.854 novos postos no mercado de trabalho. O saldo do ano é 1.561.
O setor de serviços foi o responsável pelo maior número de perdas. Foram 494 empregos eliminados. O comércio também teve um março ruim, com fechamento de 38 vagas. A indústria amenizou o mês negativa, com abertura de 155 vagas. Na construção, outras 75 foram criadas. A agropecuária teve saldo positivo de nove.
Investimentos
Em abril, o Governo de Goiás anunciou a chegada de duas novas indústrias ao DaiaPlam, área de expansão do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia). Já se instala no local a Indústria Brasileira de Gases (IBG), que produz gases para o setor hospitalar e promete investir cerca de R$ 150 milhões. A outra é a Teld Eco Charger, multinacional chinesa de carregadores elétricos. Neste caso, espera-se o investimento de R$ 100 milhões. Na soma delas, a expectativa é de cerca de 200 vagas de emprego.