O vereador Suender Silva (PL) cobrou o prefeito Márcio Corrêa (PL) e a secretária de Saúde, Eliane dos Santos, para que seja convidado a participar de outras reuniões que envolvam o tema. Ele não esteve na reunião desta terça-feira (29), com o secretário estadual de Saúde, Rasível dos Reis, embora seja presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal.
Ao DM Anápolis, o parlamentar afirmou que não recebeu convite e, inclusive, oficiou a Secretaria Municipal de Saúde para lembrar que preside o colegiado. “Eu, presidente da Comissão de Saúde, não tivesse esse convite. Já mandei ofício para a Secretaria de Saúde informando que sou presidente da comissão e tenho que passar discursos aqui, por mim, para a Câmara”, disse.
Quando questionado se sabia o porquê de não ter sido chamado, Suender respondeu: “é uma pergunta que tem que ser feita para o Márcio (Corrêa) e para a secretária de Saúde”. O parlamentar que esteve na agenda foi o líder do governo, Jean Carlos (PL).
Na ocasião, Corrêa e a SES-GO anunciaram a adoção de um sistema único de regulação de vagas entre município e Estado. A medida foi confirmada após uma reunião a portas fechadas que durou mais de três horas e teve como foco principal a sobrecarga dos atendimentos e a necessidade urgente de reorganizar os fluxos de pacientes nas unidades públicas.
Apesar da reivindicação por participar de agendas como esta, Suender garante que não quer fazer interferência no governo. “Não é essa minha função. Mas saber para trabalhar dentro do legislativo é necessário. Isso já ponderamos. Necessário se faz. O presidente da Comissão de Saúde precisa ter mais acesso às questões de saúde da cidade de Anápolis. Já está comunicado que sou o presidente e se faz necessária minha presença”, afirmou.
Sem segurança
Durante a sessão extraordinária desta quarta-feira (30), o vereador criticou a ausência da Secretaria de Segurança Pública na reforma administrativa e, em entrevista, reforçou o desejo de que o município tenha uma pasta específica para o tema.
"A secretaria tem a função de integrar todas as forças de segurança. Aquela visão de que só o Estado e o governo federal são os donos da segurança pública já caiu com guardas municipais e convênios, além de itens como instalação de câmeras, como temos aqui o observatório. Tudo isso tem que estar numa pasta própria para integrar a municipalidade”, destacou.
Ele revelou que se reuniu com Corrêa, que sinalizou que entendeu a importância. Depois da decisão de não criação, a justificativa que o vereador recebeu do líder do governo, Jean Carlos, é de que trata-se de “uma secretaria com maior complexidade, precisaria de um estudo maior sobre a integração dessas forças.”
Sobre a ampliação do número de secretarias, com a criação de quatro após aprovação da Câmara, Suender afirmou ser a favor do enxugamento da máquina pública, não do aumento de cargos.
“Sempre fui a favor de enxugar a máquina pública. A gestão é do prefeito. Ele entende que, de repente, essas secretarias são importantes. Eu vejo que algumas talvez não seriam necessárias. O que vi foi um remanejamento, mas é claro que se aumenta secretaria, aumenta-se cargos. Sempre fui a favor de uma máquina enxuta e é isso que temos que trabalhar ao longo do tempo”, argumentou.