A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) identificou sinais da praga HLB, também conhecida como Greening, em plantações de tangerina ponkan em Anápolis. A suspeita surgiu durante inspeções de rotina realizadas por fiscais da agência em propriedades comerciais da região.
Considerada a mais severa ameaça aos citros no mundo, a doença não tem cura e é transmitida por um inseto chamado psilídeo. “Assim que os sintomas foram detectados, os fiscais já coletaram amostras e enviaram para análise no laboratório federal do Ministério da Agricultura”, explicou Leonardo Macedo, gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa. Medidas de contenção foram adotadas imediatamente para evitar que a praga se espalhe.
A agência também instalou armadilhas para monitorar a presença do inseto transmissor e orientou os produtores sobre o uso de defensivos autorizados. O levantamento fitossanitário realizado entre outubro de 2024 e fevereiro deste ano percorreu mais de 2,5 mil hectares de plantações em todo o estado. Em Anápolis, além do Greening, outras duas cidades goianas também entraram na lista com casos da praga: Campo Limpo de Goiás e Quirinópolis — todas sob vigilância e controle oficial.
A coordenadora do Programa de Citros da Agrodefesa, Mariza Mendanha, reforça que a prevenção passa também pela compra consciente de mudas. “Mudas sem origem e sem registro aumentam o risco de contaminação. A recomendação é que o produtor adquira somente de viveiros certificados”, alerta.
Além do HLB, a agência também mantém ações de controle para o Cancro Cítrico, outra praga grave que já foi registrada em ao menos 17 municípios goianos. Os dois males causam prejuízos diretos à produtividade dos pomares e ameaçam a sustentabilidade da fruticultura.
As equipes seguem monitorando os viveiros e propriedades de risco. O produtor que notar sintomas suspeitos nas folhas ou nos frutos deve procurar imediatamente a Agrodefesa. A denúncia anônima de mudas ilegais também pode ser feita junto às regionais.