Política ÁREA SENSÍVEL

Márcio Corrêa admite que há “colapso” na saúde

Prefeito afirmou que atendimento de urgência e emergência está desestruturado e cita ações para buscar melhorias

22/04/2025 16h00
Por: Rafael Tomazeti
Foto: Paulo de Tarso
Foto: Paulo de Tarso

O prefeito Márcio Corrêa (PL) admitiu nesta terça-feira (22), em entrevista à TV Anhanguera, que há um “colapso”, como ele próprio classificou, no atendimento de saúde de urgência e emergência em Anápolis. Este, aliás, foi o grande tema dos últimos anos e tratado como prioridade durante a campanha eleitoral de 2024. 

Questionado sobre as cenas ainda visíveis de pacientes colocados em macas em corredores de unidades de saúde e relatos de longas esperas por atendimento por parte dos pacientes, Corrêa afirmou que houve melhora, mas reconheceu que os problemas são graves. 

“Teve uma melhora, mas longe do que estamos buscando. Temos um colapso da urgência e emergência. A gente tem buscado reestruturar as Unidades Básicas de Saúde, que é a porta de entrada do cidadão (sic). Precisamos dar credibilidade a esse atendimento”, afirmou. 

Na sequência, Corrêa lembrou que, em janeiro, determinou a abertura – que estava programada – de portas do Hospital Municipal Alfredo Abrahão, que é focado em cirurgias eletivas. O local, desde então, fez mais de 10 mil atendimentos, segundo ele, numa conta que incluiu pacientes com traumas ou pequenas cirurgias. 

“Temos sim um colapso da urgência e emergência, mas lembro que nosso primeiro ato de gestão foi abrir as portas do Alfredo Abrahão. Tínhamos uma única unidade de porta aberta, que era a UPA da Vila Esperança. Abrimos para fazer traumas, lesões. Esses pacientes eram encaminhados para outros municípios”, disse. 

Também como uma das primeiras medidas, Corrêa determinou o fechamento da UPA da Mulher Anapolina Jamel Cecílio. À época, a ex-primeira-dama e deputada estadual Vivian Naves (PP), que destinou os recursos para a construção da unidade, apontou ação política. Corrêa, no entanto, diz que a medida se deu porque não havia “mínimas condições de funcionamento”. Ele citou falta de oxigênio e infraestrutura, sem detalhar qual seria o problema. 

A Prefeitura chegou a publicar, em peças publicitárias exibidas, por exemplo, no estádio Jonas Duarte, durante a final do Goianão, que a UPA Central – novo nome para a antiga UPA DA Mulher – seria inaugurada em abril. Agora, porém, há uma nova previsão para o início das atividades, segundo o gestor. 

“Estamos finalizando a UPA Central e a retaguarda, que é o (Hospital Municipal) Georges Hajjar. Acredito que no prazo de 40 a 60 dias estamos com essas unidades em funcionamento, diminuindo essa demanda”, disse o prefeito. 

Corrêa afirmou ainda que, após essas inaugurações, vai iniciar a reforma da UPA Alair Mafra de Andrade, na Vila Esperança.

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