Empresas goianas vendem mais pelas redes sociais

Com consumidores cada vez mais conectados, os pequenos negócios em Goiás têm se adaptado para manter a competitividade. Segundo levantamento do Sebrae Nacional, 74% dos empreendedores goianos já utilizam as redes sociais como principal estratégia de vendas, com destaque para WhatsApp, Instagram e Facebook.

A presença digital virou prioridade para os empresários de Goiás. De acordo com a pesquisa “Pulso dos Pequenos Negócios”, realizada pelo Sebrae Nacional, três em cada quatro empreendedores no estado já usam as redes sociais para vender seus produtos. As plataformas mais utilizadas são WhatsApp (81%), Instagram (60%) e Facebook (25%).

Ainda conforme o estudo, 34% dos entrevistados disseram ter registrado aumento no faturamento em novembro de 2024 em relação ao mesmo mês de 2023, enquanto 35% relataram queda. Entre os principais desafios, estão o aumento nos custos (35%), a escassez de clientes (25%) e dívidas ou dificuldades com fornecedores (22%).

Mesmo com a digitalização, mais da metade dos empresários ainda não investe em tráfego pago — o que pode limitar o alcance das ações nas redes. Para o analista de Soluções do Sebrae Goiás, Athos Vinícius, é essencial entender como usar bem os recursos disponíveis nas plataformas para atrair e manter clientes.

“As empresas devem ter uma página bem construída, fotos no Instagram em que a pessoa visualize bem aquele produto. No WhatsApp, por exemplo, ainda tem a questão da Inteligência Artificial (IA) conseguir fazer uma automação daquele primeiro atendimento”, diz Athos.

Ele destaca que o comportamento do consumidor mudou: antes, a internet era só uma vitrine do que seria visto na loja física. Hoje, a compra online é muitas vezes a primeira e única etapa.

Athos também ressalta a importância de transmitir confiança: “As próprias lojas têm feito grandes propagandas para anunciar que investem em segurança da informação porque perceberam que isso é uma trava de consumo”.

A forma de pagamento também acompanha a transformação digital. Soluções como PIX e pagamento por aproximação se tornaram comuns e oferecem mais praticidade para o consumidor.

Empresas que resistem à mudança correm riscos. “É importante o empresário buscar informação em fontes de credibilidade, como no Sebrae, para que ele possa apoiar, para que crie esse primeiro processo de venda digital e possa ampliar os seus canais de relacionamento com potenciais e com clientes consolidados”, afirma o especialista.

Ele ainda lembra que o sucesso no digital depende de planejamento e foco no público-alvo. “Não é necessário ele estar em todas as plataformas. Antes de dar um passo é importante planejar e saber bem o que você vai fazer”, recomenda.

E finaliza com um alerta sobre a agilidade no atendimento: “O cliente esperando uma resposta online, por alguns minutos, por analogia, se compara à pessoa em pé no balcão da sua loja esperando para ser atendido”.