A empresa responsável pela operação do Restaurante Popular do Morumbi, em Anápolis, comunicou que iniciará o processo de demissão de todos os funcionários ligados à unidade. A decisão ocorre após 12 dias de suspensão das atividades, sem retorno por parte da Prefeitura quanto à reativação do contrato ou previsão de retomada dos serviços.
A empresa alega que entregou dentro do prazo as respostas formais solicitadas pela administração, mas que desde então não recebeu qualquer tipo de posicionamento, retorno técnico ou orientação da Secretaria Municipal de Assistência Social. A ausência de pagamento pelos serviços prestados também é apontada como fator determinante para o encerramento das atividades.
A paralisação do restaurante foi anunciada no último dia 4 pelo prefeito Márcio Corrêa (PL), que divulgou um vídeo nas redes sociais informando que uma fiscalização havia identificado descumprimentos contratuais por parte da empresa. Entre os apontamentos estavam o uso de suco em pó em vez de polpa, falhas no controle de temperatura dos alimentos, reaproveitamento de refeições e a presença de produtos com validade vencida.
No primeiro dia após a paralisação, no entanto, as refeições continuaram sendo servidas em condições irregulares. Mesmo após a substituição do fornecedor, determinada pela Prefeitura na semana anterior, a comida foi entregue em caixas de isopor — algumas posicionadas na calçada — e transportada por um veículo fora dos padrões exigidos pela Anvisa. A unidade permaneceu fechada e o atendimento foi feito do lado de fora.
Além do Restaurante Popular, a empresa também atua como fornecedora de carnes para a merenda escolar da rede municipal. Conforme noticiado anteriormente pelo DM Anápolis, o fornecimento deste item foi interrompido após a empresa cobrar um débito que estaria próximo de R$ 1 milhão. A Prefeitura nega a existência da dívida e sustenta que a suspensão ocorreu por descumprimento contratual.
A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Anápolis para questionar sobre o encerramento das atividades e a situação contratual da empresa. Até o momento, não houve resposta. O espaço permanece aberto para manifestação da gestão.