Anápolis EDUCAÇÃO

Márcio Corrêa promete “força-tarefa” para regularizar merenda em Anápolis

Prefeito reconhece problemas e diz que melhorias também devem incluir infraestrutura e contratação de profissionais

15/04/2025 14h00
Por: Emilly Viana
Foto: Prefeitura de Anápolis
Foto: Prefeitura de Anápolis

O prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), afirmou nesta segunda-feira (14) que a Prefeitura iniciará uma "força-tarefa" para regularizar a merenda escolar nas unidades da rede municipal. A declaração foi feita durante o evento de entrega de uniformes escolares, em meio a críticas sobre a qualidade da alimentação oferecida aos estudantes.

“Faremos uma força-tarefa agora na merenda escolar. Retomamos a escola de tempo integral em algumas unidades. Temos pouco mais de 100 dias de gestão, mas vamos tratar assim a educação como prioridade ao futuro das nossas crianças. Essas crianças em pouco espaço de tempo vão desenvolver um grande projeto”, disse em coletiva de imprensa.

A situação da merenda escolar tem sido motivo de reclamação de pais e responsáveis desde o início do ano letivo. Relatos enviados ao DM Anápolis apontam que, em várias escolas, a alimentação se resume a bolacha seca, pão simples ou arroz sem acompanhamento. Em algumas unidades, como a Escola Municipal Clóvis Guerra e a Escola Municipal Inácio Sardinha de Lisboa, faltam produtos básicos como óleo, arroz e açúcar.

O prefeito reforçou que a gestão pretende reformular o atendimento nas escolas. Além da merenda, citou problemas estruturais, como goteiras, falta de muros, instalações elétricas precárias e ausência de materiais adequados. "Temos escolas em situação insalubre, com falta de segurança, com falta de energia, instalação elétrica adequada, com banheiros precários", relatou.

A Prefeitura já havia informado que o contrato atual de fornecimento de merenda não atende a toda a demanda da rede municipal, composta por mais de 61 mil alunos. A secretária de Educação, Adriana Rocha, declarou em janeiro que seria necessário aumentar a contrapartida financeira do município para evitar o desabastecimento nas unidades escolares.

O cenário também é pressionado pelas novas regras do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que restringem o uso de alimentos ultraprocessados na merenda escolar. A partir deste ano, apenas 15% dos recursos podem ser usados para esses produtos, percentual que cairá para 10% em 2026. A mudança exige adaptação do cardápio e contratação de fornecedores capazes de atender às novas exigências nutricionais.

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