O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou dois homens por uma sequência de roubos a postos de combustíveis em Anápolis, praticados entre os dias 5 e 17 de março deste ano. A denúncia, oferecida pela 6ª Promotoria de Justiça de Anápolis e já recebida pela Justiça, aponta Daniel Sérgio da Cunha e Jefferson Santos Rodrigues de Melo como responsáveis por quatro assaltos consecutivos, cometidos mediante grave ameaça e o uso de uma arma falsa.
De acordo com a denúncia da promotora de Justiça Gabriela Paula de Castro, os crimes foram cometidos com o auxílio de uma motocicleta roubada, utilizada para praticar os assaltos em diferentes bairros da cidade. O primeiro roubo ocorreu no dia 5 de março, em um posto no Setor Aeroporto, de onde foi levado o valor de R$ 1.100. Sete dias depois, em 12 de março, outro posto, na Vila Santana, foi alvo da dupla, que subtraiu R$ 400.
A sequência continuou no dia 15, com o roubo de R$ 1.661 em um estabelecimento no Bairro Santo Antônio. No dia 16, no Residencial Cerejeiras, foram levados R$ 100 de funcionários de outro posto.
A investigação indica que Daniel e Jefferson usavam sempre o mesmo modus operandi. Eles chegavam em uma motocicleta, ameaçavam os funcionários com uma arma de aparência real e levavam o dinheiro disponível nos caixas. A prática foi interrompida na madrugada de 17 de março, quando equipes da Polícia Militar localizaram Daniel, já identificado por características físicas e pela moto utilizada nos crimes.
Durante a abordagem, ocorrida na Avenida Ayrton Senna, próximo a um posto de combustíveis, Daniel tentou fugir, mas foi interceptado. Com ele, os policiais encontraram a arma falsa usada nos assaltos, além da motocicleta, que estava sem placa e com parte do tanque coberta por uma camisa azul, numa tentativa de dificultar a identificação. Dois capacetes, semelhantes aos utilizados nos roubos, também foram apreendidos.
Além da acusação pelos quatro roubos, Daniel Sérgio da Cunha também foi denunciado por receptação, já que a motocicleta utilizada nos crimes era produto de roubo. A promotora também pediu que sejam anexadas ao processo as imagens de monitoramento dos postos assaltados, que registraram os momentos dos crimes.
O Ministério Público solicitou ainda a quebra do sigilo telefônico e telemático de um aparelho celular apreendido com Daniel, com o objetivo de extrair informações que possam reforçar as provas no processo. Por fim, foi requerido que a Justiça fixe valores a título de reparação dos danos morais e materiais causados às vítimas, que serão apurados ao longo da instrução do caso.
A denúncia foi recebida e segue para instrução processual, quando testemunhas serão ouvidas e provas complementares serão juntadas ao processo.