Apesar de já ter o dinheiro em caixa, a Prefeitura de Anápolis ainda não efetuou o pagamento dos direitos trabalhistas dos ex-funcionários da UPA Dr. Alair Mafra de Andrade, no Bairro Vila Esperança. Segundo o prefeito Márcio Corrêa (PL), a liberação dos valores depende da definição de uma forma legal de repasse, que está sendo negociada junto ao Ministério do Trabalho.
Durante entrevista coletiva na noite desta segunda-feira (7), Corrêa alegou que a Prefeitura não pode transferir o dinheiro diretamente ao Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), antiga Organização Social responsável pela unidade, sem garantias de que os recursos cheguem aos trabalhadores. Também não é possível fazer o repasse para a nova gestora, a Associação Hospital e Maternidade Santa Terezinha, pois ela não tem vínculo com os contratos rescindidos.
O prefeito reiterou que a responsabilidade trabalhista será assumida pela administração municipal. “Aquilo que foi dito naquela intervenção, que toda a responsabilidade, todo o compromisso trabalhista, dívida trabalhista, seria honrado pelo próprio município será honrado. Inclusive muitos profissionais foram recontratados, continuam trabalhando, e esses que foram exonerados, que foram demitidos, receberão todos os seus direitos”, assegurou.
Nesta segunda-feira (7), o INDSH iniciou a convocação dos ex-funcionários para assinatura dos termos de rescisão. No entanto, os pagamentos seguem pendentes. A OS informou que não se responsabilizará pelo pagamento de multas decorrentes do atraso e orientou os trabalhadores a buscar a Justiça, se necessário.
Enquanto aguardam uma definição, servidores já realizaram duas mobilizações na Câmara Municipal cobrando respostas. Eles reclamam da falta de informações claras e da demora na resolução do problema. A Prefeitura, por sua vez, disse que trabalha para resolver o impasse "nos próximos dias", mas ainda não anunciou uma data oficial para a liberação dos valores.