A Prefeitura de Anápolis lançou na noite desta segunda-feira (7) o projeto de requalificação do Centro da cidade. O ato na Praça Americano do Brasil foi simbólico, uma vez que o edital ainda não está disponível no Diário Oficial do Município (DOM). Segundo o prefeito Márcio Corrêa (PL), o documento será publicado esta semana e dará oficialmente a largada para o programa intitulado ‘Nosso Centro’.
No discurso, a promessa é de valorizar o pedestre. O arquiteto e urbanista Derli Fernandes Júnior afirmou que a pedestrianização é um dos parâmetros que constará no edital. Também foram mencionadas a valorização da história da região central e o impulso ao comércio.
“O Centro é um lugar de memória, de pessoas. Teremos agora uma ferramenta técnica para promover o resgate da frequência para as pessoas no Centro. Lançamos essa inovação, com a abertura de um concurso nacional para a requalificação da área”, afirmou o arquiteto.
O secretário de Habitação e Planejamento Urbano, Thiago de Sá, disse ao DM que a execução será em etapas e a previsão de conclusão de todo o projeto é de três anos.
Embora o edital não esteja disponível, a Prefeitura promete requalificar 100% das calçadas e ampliá-las, sobretudo na região da Engenheiro Portela e do chamado quadrilátero central. A ideia é atrair cafés, restaurantes e quiosques para levar cada vez mais pessoas ao Centro.
Profissionais de arquitetura e empresas deste ramo de qualquer parte do país poderão participar. No entanto, de acordo com o gestor do projeto, é uma exigência que eles conheçam as peculiaridades e as demandas de Anápolis. Para isso, além de virem à cidade, os vencedores acompanharão um relatório escrito a partir de 672 formulários enviados por moradores da cidade que relataram seus anseios.
A expectativa é de que, em três meses, seja selecionado o projeto vencedor para executar o projeto. “Dentro de 90 dias será selecionado o melhor dentro dos critérios. Será executivo”, ressaltou o prefeito Márcio Corrêa. Ele ainda explicou que a execução se dará por etapas, mas as obras já começam ano que vem. “Precisamos de recursos. Será feito por etapas, sem trazer transtornos para a população. Mas sem dúvida ano que vem teremos obras. Temos alguns projetos, algumas ideias. Não tenho dúvida de que o modelo de transformação do Centro será copiado por outras cidades”, destacou.
“Captamos várias demandas, de lojistas, frequentadores, moradores, camelôs. As maiores são estacionamento. Temos demanda de 1450 vagas para serem providenciada ao longo do processo. Temos demanda para espaços de lazer, cultura e manifestações culturais. Os mais frequentes foram segurança, estacionamento e o retorno da acessibilidade”, afirmou o arquiteto Derli Fernandes.
O prefeito, por sua vez, citou que a região precisa ter resgatada sua história e outros aspectos importantes, como acessibilidade e segurança, que farão do local novamente uma região pujante para atrair consumidores e voltar a impulsionar o comércio local.
“Anápolis carece de infraestrutura com acessibilidade, iluminação moderna, resgatar a história do Centro de Anápolis. Já teve pujança. Foi deixado de lado. E a gente entende a importância da história e econômica do Centro. De forma democrática, com diálogo, vamos buscar o resgate da história de Anápolis”, frisou.
De acordo com ele, o “Centro será palco de encontros culturais” e vai ampliar a “capacidade de geração de empregos”.
Sem citar diretamente os ambulantes, que foram até o Ministério Público para evitar uma retirada, Corrêa afirmou que tudo “será feito com diálogo, respeitando a ordem.”