A alta nos preços dos alimentos e combustíveis tem sido um dos principais desafios enfrentados pelos brasileiros nos últimos meses. De acordo com uma pesquisa divulgada pela AtlasIntel/Bloomberg nesta terça-feira (1º), a grande maioria dos entrevistados afirmou ter notado os maiores avanços de preços em supermercados e combustíveis. O levantamento foi realizado com 4.659 brasileiros entre os dias 20 e 24 de março por meios digitais.
Entre os setores em que os consumidores perceberam aumentos significativos, supermercados lideram com 95,8% das respostas, seguidos por combustíveis (48,1%) e energia elétrica e gás (33,6%). Outros setores também foram mencionados, como alimentação fora de casa (29,8%) e saúde e medicamentos (27,6%).
Além disso, a pesquisa revelou que 75% dos brasileiros acreditam que sua renda não tem acompanhado o aumento dos preços, dificultando o equilíbrio financeiro das famílias. Quanto às causas dessa escalada inflacionária, os entrevistados apontaram como principais fatores a "política econômica falha do governo" (56,9%) e a "especulação de empresas e varejistas para maximizar lucros" (26,4%).
Realidade anapolina
Em Anápolis, a realidade não é diferente. Moradores da cidade relatam a dificuldade de manter as despesas em dia, principalmente quando se trata da alimentação básica. Dinoraci Marcelino de Oliveira, moradora da região, lamenta o aumento nos preços dos produtos essenciais.
"O que tem ficado mais complicado é que os alimentos, os produtos que são básicos, estão muito caros. Esses não podem faltar na mesa no dia a dia. Antigamente, o que era mais caro era o supérfluo, agora é o básico: arroz, feijão, açúcar, carne, ovos, produtos de limpeza. Esses tinham que estar mais acessíveis", afirma.
Devanir Nunes, outra anapolina, também expressa sua insatisfação com os preços elevados. "Os preços estão altíssimos e, em alguns itens, até abusivos. O dia a dia da minha família está ficando cada vez mais caro", desabafa.