Quem acompanhou os discursos políticos dos últimos dias percebeu uma mudança muito evidente de tom. Em uníssono, aliados do prefeito Márcio Corrêa (PL) passaram a evitar críticas diretas a Saneago e começaram a responsabilizar as empresas prestadoras de serviço. Essas sim, na nova versão, são as culpadas dos problemas.
A alteração de rota no embate veio depois de uma reunião quente com a direção da companhia, na quarta-feira (26). A leitura da administração é que o combate deve continuar, mas não pode haver risco de se indispor com o Estado. Daí a modulação da crítica.
Deve atrasar
Antes prevista para o início de abril, a reforma administrativa pode demorar mais algumas semanas para ser levada pelo prefeito Márcio Corrêa à Câmara. A internação do prefeito e a premência das aberturas dos hospitais podem atrasar a reorganização do organograma, que ampliará o número de secretarias.
Ausente
O deputado federal Célio Silveira (MDB), parceiro de primeira hora de Márcio Corrêa, não tem feito aparições como esperado em Anápolis. Ele veio à cidade duas vezes após a vitória do aliado, mas publicamente os dois só apareceram juntos quando o prefeito estava internado em Brasília para tratar de uma miosite.
Aposta
Na leitura de muitos observadores da cena política anapolina, a cidade terá tranquilamente mais de 30 candidatos a deputado estadual no ano que vem. Além dos quatro atuais mandatários, são esperadas pelo menos mais quatro ou cinco candidaturas que tenham chance de chegar à Assembleia Legislativa.
Arranjos
Muitos políticos locais, aliás, estão à espera de definições nacionais para direcionar seus passos rumo a 2026. Isso porque devem ser sacramentadas federações, como a de PP e União Brasil, outras desfeitas e ainda podem aparecer fusões. As lideranças da cidade, evidentemente, ficarão à mercê dos rumos das respectivas nacionais.
Base espera aprovar projeto do cartão corporativo na semana que vem
A base do prefeito Márcio Corrêa na Câmara espera aprovar na semana que vem o projeto que estabelece o cartão corporativo na Prefeitura de Anápolis. Os portadores terão direito a utilizar R$ 25 mil para despesas urgentes ou inadiáveis, segundo o texto, dentro do chamado Regime de Adiantamento.
Os críticos apontam que o projeto de lei não traz definições claras sobre o uso do cartão. Por outro lado, os defensores desta regulamentação dizem que trata-se de uma modernidade para a administração pública.