A Associação de Basquete de Anápolis (ABA) recebeu convite para jogar a temporada de 2025 da Liga de Desenvolvimento de Basquete (LDB). A equipe, no entanto, não sabe se conseguirá atuar na mais importante competição de base do país por falta de recursos.
Somente a inscrição custa R$ 32 mil e deve ser paga até a próxima segunda-feira (31) pelos clubes participantes. Caso contrário, não haverá efetivação da equipe, que ficará fora da disputa.
Nos cálculos da direção da ABA, o clube precisaria ainda de um aporte de R$ 25 mil por mês, para um período de seis meses de competição, ou seja, R$ 150 mil, além dos R$ 32 mil de inscrição cobrado pela LDB.
Com este valor, de acordo com o técnico e presidente da ABA, Moisés da Silva, seria possível disputar a competição com toda a estrutura necessária. “Temos que trazer jogadores e cobrir despesas com alimentação, hotel, transporte interno. A liga te dá 16 passagens (por jogo) depois do pagamento da inscrição. Faremos no mínimo 14 jogos, contra os melhores times do país, e não temos verba nenhuma”, diz.
Moisés, que fundou a associação, trabalha com categorias de base e escolinha. Hoje, além da iniciação, o projeto atende atletas das categorias sub-13, sub-15, sub-17 e sub-19. “O projeto está firme, trabalhando escolinha, sub-13, sub-15, sub-17 e sub-19. O objetivo agora é ampliar e fortalecer o trabalho”, ressaltou.
A direção tem buscado apoio no setor privado, mas não encontra disposição dos empresários em investir no projeto e auxiliar na participação da equipe na LDB. Por isso, a ABA tem buscado meios de tentar obter apoio da Prefeitura. Por ora, porém, ainda não houve contato com o prefeito Márcio Corrêa (PL) ou auxiliares dele.
Em 2024, a ABA recebeu convite para disputar o Campeonato Brasileiro de Basquete, mas foi obrigada a desistir também por falta de apoio. À época, seria necessário o valor de R$ 15 mil para a inscrição, além de outros R$ 500 mil para garantir a estrutura de participação.
LDB
A LDB é a maior competição de base do basquete brasileiro e tem como objetivo fomentar a modalidade e descobrir novos talentos no país. Ao longo de sua história, já revelou diversos jogadores que se destacaram no cenário nacional e internacional da modalidade, como Bruno Caboclo, Lucas Dias, Cristiano Felício, Yago Mateus, Georginho de Paula, entre outros.
Em 2024, houve um recorde de participantes, com 26 equipes, incluindo a goiana AEGB, de Goiânia. A maior parte dos clubes é de mercados mais consolidados para o basquete, como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.