A crise inaugurada nesta semana entre Prefeitura de Anápolis e Santa Casa gerou uma tensão latente entre as partes. Nesta terça-feira (25), após visita à Câmara Municipal, o prefeito Márcio Corrêa (PL) deu recados. Sem citar o episódio, o gestor afirmou: “É momento de união, de todos, inclusive o município, as entidades não pensarem apenas no seu umbigo e pensar no cidadão.”
A fala do prefeito evidencia uma visão compartilhada pela cúpula da administração, de que a Santa Casa deseja além daquilo do que é possível pagar. Na segunda-feira (24), diácono Júlio César da Silva, que foi porta-voz do hospital, deixou claro que o atendimento nas UTIs só continuará se for pago o valor acima do previsto na tabela SUS.
Filme repetido
Em anos anteriores, também houve crises com a Santa Casa como personagem. Em 2023, a unidade chegou a suspender atendimentos a novos pacientes devido à falta de remédios e equipe médica, fato semelhante ao atual. Na ocasião, o então prefeito Roberto Naves enfrentou grande desgaste da opinião pública.
Saúde para os 100 dias
Corrêa quer abrir a UPA Central – inaugurada como UPA da Mulher – e o Hospital Municipal Georges Hajjar em abril, para marcar os 100 dias de gestão. Para aliados do prefeito, a melhor indicação que ele poderia dar à população neste momento seria justamente na área da saúde, que segue como ponto mais crítico em pesquisas.
Vigias
Profissionais que atuam na UPA Alair Mafra de Andrade, na Vila Esperança, revelaram que têm sido vigiados para não filmar ou fotografar o acúmulo de pacientes na sala amarela da unidade. No local, houve troca de OS – da INDSH para HMTJ – e a administração quer emplacar o discurso de melhora imediata.
Preocupado
Sob condição de anonimato, um vereador relatou à coluna que tem dormido à base de remédios. O motivo: promessas não cumpridas com apoiadores de campanha. Da base, ele esperava que o prefeito cedesse espaços na administração, o que não aconteceu. O parlamentar revelou que sofre muitas cobranças para cumprir compromissos.
Márcio Corrêa muda discurso e agora admite alugar maquinário para a prefeitura
O prefeito Márcio Corrêa, pouco mais de 70 dias depois de determinar a devolução de maquinário alugado pela prefeitura, agora admite a possibilidade e alugar máquinas para recuperar a infraestrutura das estradas vicinais.
Corrêa comemorou o fato de a manutenção das vicinais estar em execução com “custo zero”, numa parceria com a Goinfra, mas emendou. “Aquilo que for preciso, trazer equipamento, alugar máquina, nós vamos realizar, pois entendemos a necessidade desse setor produtivo, e a gente precisa manter as vicinais”.