O deputado federal Ismael Alexandrino (PSD) defendeu nesta segunda-feira (24), em entrevista ao DM Anápolis, que o município implante uma policlínica para fortalecer a atenção secundária. Na leitura do parlamentar, a cidade hoje tem uma estrutura forte na atenção básica e hospitalar, mas peca na oferta de especialidades médicas.
“A cidade precisa de uma policlínica para ter várias especialidades médicas e não médicas e também área de apoio diagnóstico - exames laboratoriais, de imagem, tomografia, ecografia, ecocardiograma, teste ergométrico de esforço, enfim todo aparato de diagnóstico para as especialidades”, disse, ao responder uma pergunta sobre a avaliação da estrutura de saúde do município.
Alexandrino explicou que as Unidades Básicas de Saúde cumprem a atenção primária, enquanto os Hospitais Municipais Alfredo Abrahão, para cirurgias eletivas, e Georges Hajjar, para internação, oferecem atendimento terciário. “Ou seja, você não percebe unidades de atenção secundária em Anápolis”, citou.
Para ele, a construção de uma policlínica sanaria este problema e entregaria uma saúde completamente estruturada aos cidadãos. “Aí sim fica uma saúde estruturada com atenção primária, secundária e terciária”, avaliou.
O plano de governo do prefeito Márcio Corrêa (PL) prevê a construção não de uma, mas de três policlínicas “para agilizar o diagnóstico е tratamento dos pacientes, com exames laboratoriais e de imagem e atendimento ambulatorial em especialidades, aproveitando a expertise dos servidores do município.” Até o momento, porém, a administração não divulgou nenhum movimento no sentido de erguer estas unidades.
Um dos caminhos, ressalta o deputado, é o governo federal. No ano passado, a cidade foi selecionada para receber uma policlínica dentro do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Ela é definida pelo Ministério da Saúde como unidade especializada de apoio diagnóstico, com serviços de consultas clínicas com médicos de especialidades diferentes, definidas com base no perfil epidemiológico da população da região, realização de exames gráficos e de imagem com fins diagnósticos e oferta de pequenos procedimentos.
Para Alexandrino, é difícil viabilizar a construção de uma estrutura desta em apenas um ano, mas é possível já avançar. “Eu acredito que a partir do momento que há também interesse do governo federal de aportar recurso para atenção secundária, acho que para começar, em um ano não dá para instalar por completo, mas para começar dá sim. No primeiro mandato consegue entregar sim”, avaliou.