A Prefeitura não enviou nenhum representante na audiência pública que debateu a proposta de realocação de ambulantes no Centro de Anápolis. A reunião ocorreu na última sexta-feira (21), na Câmara Municipal, e lotou uma das salas do prédio do legislativo.
A administração do prefeito Márcio Corrêa (PL) quer tirá-los das ruas da região Central e alocá-los em frente à Estação Ferroviária. Os vendedores reclamam de falta de diálogo e truculência da Postura. O prazo dado para a alteração foi de 60 dias. Os presentes, incluindo o vereador Rimet Jules (PT), propositor da audiência, lamentaram a ausência de um representante do poder executivo.
Padronização
Na audiência, os ambulantes afirmaram que topam padronizar os carrinhos de trabalho, mas não querem deixar seus pontos. A Prefeitura, por sua vez, quer desocupar o chamado quadrilátero central para viabilizar mais espaços para os pedestres. Sobre a taxa, os vendedores garantem que pagarão valores devidos ao município.
Só o início
Diante da reação dos comerciantes, na Prefeitura já se prevê um longo caminho até a chegada a um consenso. O prazo de 60 dias estipulado pelo diretor de Posturas,coronel Marcos Vinícius Batista, de acordo com fontes da administração, já parece impraticável e fora da realidade. Unido, o grupo de ambulantes mostra disposição de lutar.
Vem mais
Depois das saídas de Jackeline Macedo (Integração) e Leonardo Marra (CMTT), são esperadas mais mudanças no primeiro escalão do governo de Márcio Corrêa. Além da reforma administrativa, que ampliará o número de secretarias, muitas das atuais pastas devem ter alterações. Uma delas, espera-se, é a Saúde.
Instagramável
Ainda há muita reclamação sobre a prestação de serviço na UPA da Vila Esperança, apesar do show midiático promovido pelo prefeito Márcio Corrêa na semana passada. Fotos de pacientes amontoados na sala amarela da unidade pipocaram no fim de semana e arranharam a imagem de resolução imediata que o prefeito tentou plantar.
Nova OS da UPA Alair Mafra tem relação com Mandetta e foi alvo de operação no RJ
A Organização Social Hospital e Maternidade Therezinha de Jesus (HMTJ), de Juiz de Fora-MG, tem relações próximas com o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, de quem a OS tem fortes recomendações.
Ela também foi alvo de uma operação da Polícia Federal que investiga pagamento de propina na gestão do ex-governador Wilson Witzel, em 2020, no Rio de Janeiro. O balanço contábil da OS também foi questionado em denúncia enviada ao Ministério Público de Goiás em 2024.