Saúde AUTOIMAGEM

Vigorexia: o transtorno que pode transformar a busca pelo corpo ideal em um problema de saúde

Especialista alerta sobre os riscos da obsessão por músculos e a importância do equilíbrio na rotina de treinos

24/03/2025 13h00
Por: Lara Duarte
Foto: Reprodução
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A preocupação com a estética e a busca por um corpo musculoso são comuns para quem pratica atividades físicas. No entanto, quando essa dedicação se torna uma obsessão e afeta a saúde mental e física, pode ser um sinal de vigorexia, um transtorno dismórfico muscular caracterizado pela distorção da autoimagem.

Leandro Twin, especialista em educação física, explica que a vigorexia faz com que a pessoa nunca se veja forte o suficiente, levando-a a treinar de forma excessiva e, muitas vezes, prejudicial. “Esse transtorno pode comprometer a saúde e o bem-estar, afastando o indivíduo do convívio social e da própria qualidade de vida”, afirma Twin.

O QUE É VIGOREXIA?

A vigorexia é um distúrbio psicológico em que a pessoa se enxerga sempre fraca e sem músculos, mesmo quando apresenta grande desenvolvimento muscular. Esse transtorno leva o indivíduo a passar horas na academia, seguir dietas extremamente rígidas e, em alguns casos, recorrer ao uso de anabolizantes para atingir um corpo que considera ideal.

A condição é comparável à anorexia, na qual o paciente também tem uma percepção distorcida do próprio corpo, mas, ao contrário de se ver acima do peso, acredita estar sempre pequeno e fraco.

SINTOMAS DA VIGOREXIA

No início, os sinais são majoritariamente psicológicos. A pessoa não se sente satisfeita com a própria aparência e começa a intensificar os treinos, mesmo quando já está em um nível elevado de condicionamento físico.

Com o tempo, surgem sintomas como:

- Cansaço excessivo;
- Insônia;
- Dores musculares constantes;
- Queda no desempenho sexual;
- Depressão e ansiedade;
- Desinteresse por atividades que não envolvem exercícios físicos.
 
COMO ENCONTRAR O EQUILÍBRIO

Leandro Twin destaca que manter uma rotina saudável e equilibrada é essencial para evitar os riscos da vigorexia. “A estética é importante, mas não pode ser o único fator determinante para a felicidade. Quando a busca pelo físico ideal ultrapassa os limites da saúde e do bem-estar, é hora de repensar a abordagem”, alerta o especialista.

Segundo Twin, é fundamental treinar com consciência, respeitando os limites do corpo e buscando orientação profissional adequada. Além disso, ele reforça a importância do acompanhamento psicológico para quem apresenta sinais de transtorno de autoimagem. “O equilíbrio é a chave para construir um corpo forte e saudável sem abrir mão da qualidade de vida”, conclui.

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