Anápolis supera crise financeira e sonha com título histórico no Goianão

O Anápolis Futebol Clube deixou para trás os tempos de incerteza financeira e agora vive uma fase de estabilidade e planejamento sustentável. Em entrevista nesta sexta-feira (21), no Painel DM, o presidente do Conselho Deliberativo do clube, Marlon Caiado, detalhou o processo de recuperação do clube, que passou por um rigoroso ajuste de contas para quitar dívidas e evitar problemas com penhoras.

No passado, o Galo da Comarca enfrentou momentos delicados, chegando a ser cogitada até a mudança de nome e de CNPJ para driblar o acúmulo de dívidas. A solução, no entanto, veio por meio de uma gestão estratégica que negociou os débitos com a Justiça do Trabalho, consolidando todas as ações em uma única junta.

"Fomos lá e conseguimos parcelar a dívida mensalmente. O juiz queria uma quantia que não tínhamos condição de pagar, então explicamos que era melhor receber 12 meses do que apenas três, que era o tempo de atuação do Anápolis no campeonato. Com isso, conseguimos pagar e sanear o clube", explicou Caiado.

Hoje, o Anápolis está completamente regularizado. "O clube não tem nenhuma dívida trabalhista, nenhuma pendência com o INSS, não deve IPTU. Qualquer certidão que precisar, conseguimos em apenas duas horas", destacou. Esse cenário proporciona tranquilidade tanto para a diretoria quanto para os jogadores, que recebem seus salários rigorosamente em dia.

O presidente José Paulo, segundo Caiado, tem sido peça-chave nessa nova fase, garantindo que a folha salarial seja paga mesmo diante de eventuais atrasos de patrocinadores ou repasses da prefeitura. "Se o dinheiro não entra na data certa, ele antecipa do próprio bolso, pega no banco e paga os atletas", revelou.

Decisão histórica

No próximo domingo (23), o Anápolis encara o Vila Nova na grande final do Campeonato Goiano, no Estádio Jonas Duarte. A partida marcará a estreia da nova arquibancada, que foi recentemente liberada pelo Corpo de Bombeiros.

Apesar da autorização para uso do espaço, que tem capacidade para mais de 3 mil torcedores, a carga total de ingressos não foi ampliada e segue em 9.990, conforme determinação anterior. Isso ocorre devido à falta de tempo hábil para a implementação de medidas de segurança exigidas pelo Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos (Bepe).

Os ingressos seguem à venda apenas de forma presencial, na bilheteria do Jonas Duarte, com valores de R$ 80 na coberta e R$ 40 na descoberta. Mulheres pagam meia-entrada em qualquer setor. A torcida do Vila Nova já esgotou sua carga de 1 mil entradas, assim como os bilhetes do programa Torcida Premiada, que disponibilizou 2.250 tíquetes.