O novo presidente da Companhia Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), Rone Evaldo Barbosa, afirmou que o projeto de reimplantação da área azul no centro da cidade está em fase de estruturação e que o sistema será moderno, operando por meio de aplicativos e controle digital. O prazo estimado para implantação, segundo ele, é de pelo 180 dias. “Temos que ter uma área azul inteligente, usando sistemas com aplicativos. Isso não é novidade e vamos licitar esse modelo”, explicou.
De volta à presidência da CMTT após duas décadas – ele já comandou o órgão na gestão de Ernani de Paula –, o titular destacou que a modernização da mobilidade urbana deve vir acompanhada de grandes obras de infraestrutura. Ele mencionou a necessidade de buscar recursos junto ao governo federal, por meio do PAC Mobilidade, para tirar do papel intervenções como a trincheira da Avenida Engenheiro Portela com a Avenida Brasil e a requalificação da trincheira da Avenida Fayad Hanna. “Aquela trincheira foi feita como projeto, não como solução. Precisamos ampliar as faixas de circulação”, avaliou.
Para ele, a mobilidade precisa priorizar o transporte coletivo. “Corredores de ônibus não podem ser feitos aos pedaços. Ou você prioriza o sistema coletivo, mesmo que isso impacte o transporte individual, ou não resolve os gargalos”, disse. A gestão de Márcio Corrêa, segundo Rone, aposta em ousadia para modernizar a mobilidade urbana. “O prefeito tem cobrado que sejamos ousados. E é com essa diretriz que estamos montando projetos para captar recursos”, frisou.
Sobre a fiscalização, o presidente da CMTT reconheceu o déficit de agentes de trânsito e defendeu o uso racional da tecnologia. “O vídeo-monitoramento é permitido e pode ser grande aliado para infrações de posicionamento do veículo, como avanço de sinal e estacionamento irregular. Mas sou contra usá-lo para infrações como dirigir sem cinto ou ao celular. Isso exige abordagem direta”, explicou.
Barbosa anunciou ainda que os recursos arrecadados com multas de trânsito já estão sendo aplicados na operação Tapa-Buracos do município. “Investir na malha viária é investir em segurança. Já começamos a pagar os serviços de janeiro e fevereiro com esse dinheiro, como determina a legislação”, ressaltou.
Ele também prometeu diálogo com a Saneago para cobrar a recomposição rápida de pavimentos após intervenções da companhia. “Os buracos abertos precisam, no mínimo, ser sinalizados. Vamos cobrar o cumprimento do prazo contratual de até sete dias para recomposição”, garantiu.