O prefeito Márcio Corrêa (PL) decidiu manter o auditor fiscal Robson Torres na presidência da Agência Reguladora do Município (ARM). O mandato dele à frente da autarquia termina na próxima segunda-feira (24), mas o chefe do executivo fará a recondução.
A ARM é um ativo importante para a gestão Corrêa, uma vez que o prefeito encampou uma batalha pela melhoria dos serviços prestados pela Saneago no município. Torres é visto como quadro técnico e único capaz de manter uma política linha dura com a Saneago. Rone Evaldo Barbosa, ex-Obras, chegou a ser cotado para a agência, mas supriu uma necessidade emergencial na CMTT.
Contrapartida
Para permanecer, Torres fez pedidos ao prefeito. Ele quer estrutura para ampliar o trabalho de fiscalização da ARM. Por isso, o presidente da agência considera que é importante ter pessoal capacitado para atuar na regulação de contratos. Ao seu círculo mais próximo, ele já tem dito que se sente respaldado por Corrêa.
Ficou na espera
O Partido Novo aguardava ser contemplado com o cargo de Torres. Integrantes da legenda dizem que o acordo de campanha era exatamente este. No entanto, não houve convite e o tema foi sequer discutido com a sigla. O Novo tem espaços de segundo escalão na prefeitura atualmente.
Um terço
Com as trocas efetuadas na quarta-feira (19), em menos de 80 dias, o prefeito fez mudanças em 30% das secretarias, autarquias ou órgãos com status de secretaria. Houve as quedas de Jackeline Macedo, na Integração, e Leonardo Marra, na CMTT. Também a mudança de Rone Evaldo, que deixou Obras, Meio Ambiente e Serviços Urbanos.
Nariz torcido
Integrantes da administração torceram o nariz para a presença do chefe de gabinete do prefeito, Clodoaldo Dias, e do secretário de Indústria e Comércio, Karin Abrahão, na vistoria do Jonas Duarte, nesta semana, ao lado dos vereadores Luzimar Silva (PP) e Fred Caixeta (PRTB). Ambos estão na oposição à gestão.
Insatisfação na base ainda é grande com falta de espaço no executivo
Parte relevante dos vereadores da base segue contrariada com o prefeito Márcio Corrêa. Todos eles cobram cargos no executivo. Muitos, inclusive, não têm sequer um indicado e apontam que outros, que sequer caminharam com ele na eleição do ano passado, têm nomeados na prefeitura.
Um deles diz à coluna, sob condição de anonimato: “O prefeito só pensa nele próprio. Tem alguns que falam até em abandonar o barco”. Há quem considere que não vale a pena defendê-lo na Casa sem contrapartidas.