O primeiro dia de entrega das declarações do Imposto de Renda 2025 registrou o envio de 2.332 documentos por contribuintes de Anápolis. O número representa 2,36% do total esperado pela Receita Federal para o município, que prevê a entrega de 98.680 declarações até o prazo final, em 31 de maio.
A Receita Federal reforça a importância de os contribuintes organizarem os documentos com antecedência e estarem atentos aos prazos. O órgão alerta que o não cumprimento da obrigação dentro do período estabelecido pode resultar em multa mínima de R$ 165,74, podendo chegar a até 20% do imposto devido.
Para facilitar o processo, a Receita disponibilizou a declaração pré-preenchida, que estará integralmente acessível a partir de 1º de abril. Essa ferramenta permite que os contribuintes importem automaticamente diversas informações, reduzindo a possibilidade de erros e agilizando o preenchimento.
Além disso, a Receita lançou o sistema online Meu Imposto de Renda (MIR), que substitui o tradicional programa de preenchimento e oferece uma interface mais segura e prática. A integração com o login único do gov.br garante maior proteção contra fraudes e roubo de dados.
Em Anápolis, os contribuintes podem contar com o suporte do Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (NAF), em parceria com universidades locais. O serviço oferece orientação gratuita para a população de baixa renda, microempreendedores e pequenos produtores rurais que precisam de auxílio no preenchimento e envio da declaração.
Projeto de isenção
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta terça-feira (18) um projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais a partir de 2026. Atualmente, a isenção vale para salários de até R$ 2.259,20. Com a mudança, o governo estima beneficiar 10 milhões de brasileiros, totalizando 20 milhões de pessoas isentas desde 2023. Além disso, contribuintes que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7 mil terão um desconto progressivo na tributação, reduzindo o valor final pago ao fisco.
Para compensar a perda de arrecadação, o governo propôs uma tributação mínima sobre rendimentos anuais acima de R$ 600 mil. Com isso, 141,4 mil contribuintes, o equivalente a 0,13% do total, passarão a pagar o imposto. A alíquota aumenta gradativamente e pode chegar a 10% para quem recebe mais de R$ 1,2 milhão por ano. O governo estima que essa tributação gerará R$ 25,22 bilhões em receita, enquanto a ampliação da isenção do IR resultará em uma renúncia fiscal de R$ 25,84 bilhões.
Caso o Congresso aprove a proposta ainda este ano, as novas regras entram em vigor já em 2026. Caso a aprovação ocorra somente no ano que vem, as mudanças valerão a partir de 2027.