Anápolis entra em alerta para tempestades, e Defesa Civil reforça orientações sobre segurança

A Equatorial Goiás emitiu um alerta para a possibilidade de tempestades severas em Anápolis e mais de 60 cidades goianas, incluindo Goiânia, Catalão e Cristalina. A previsão é do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), que aponta a formação de chuvas volumosas, acompanhadas de ventos fortes e descargas elétricas. Com o risco aumentado de queda de galhos e postes, a companhia alerta a população para evitar proximidade com redes elétricas e informa que monitora a situação pelo Centro de Operações Integradas (COI).

A Defesa Civil reforça que, ao perceber sinais de tempestade, a população deve procurar um local seguro. Em áreas urbanas, o ideal é se abrigar em edifícios de concreto e alvenaria, evitando locais abertos, como praças e estacionamentos. Se estiver em uma área de risco de alagamento, é recomendável buscar uma região mais elevada, como o segundo andar de um prédio.

Segundo a tenente Olivia Perrone Cazo, do Corpo de Bombeiros de São Paulo, o ideal é evitar sair de casa durante o temporal. "Se estiver em um veículo e perceber que a água está subindo, saia imediatamente e procure abrigo seguro. A força da correnteza pode arrastar carros", alerta.

Em caso de enxurradas, a recomendação é caminhar em um ângulo de 45 graus em relação à correnteza, arrastando os pés no chão para evitar buracos e quedas. A porta-voz do Corpo de Bombeiros enfatiza que qualquer nível de água acima do tornozelo já representa risco e exige a busca imediata por um local seguro.

Tempestades também elevam o risco de quedas de raios. O climatologista Paulo Cezar Mendes, da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), explica que a melhor proteção é permanecer em locais fechados, longe de árvores e postes. "O celular pode ser usado com segurança se não estiver conectado à tomada. Caso contrário, um raio pode atingir a rede elétrica e causar um acidente", alerta.

Outro cuidado fundamental é evitar o uso de chuveiros elétricos durante tempestades. Segundo Mendes, se um raio atingir a rede, a descarga elétrica pode ser transmitida pelo chuveiro, colocando a vida da pessoa em risco. "Se o aquecimento da água não for elétrico, o banho pode ser tomado sem perigo", orienta.

As tempestades são formadas pelo encontro de massas de ar com temperaturas distintas, o que gera instabilidade na atmosfera. Segundo Rafael de Ávila Rodrigues, professor e climatologista da Universidade Federal de Catalão (UFCAT), esse choque faz com que o ar quente suba e o ar frio desça, reduzindo a pressão atmosférica e desencadeando chuvas fortes.

A duração de uma tempestade pode variar de minutos a horas. Quando acompanhadas de granizo, tendem a ser mais breves, pois a nuvem descarrega rapidamente sua energia acumulada. Porém, tempestades prolongadas, sem granizo, são mais comuns e podem gerar alagamentos e enchentes.

Apesar de os termos "tempestade" e "temporal" serem usados como sinônimos, Mendes esclarece que ambos se referem ao mesmo fenômeno meteorológico caracterizado por chuvas intensas, ventos fortes, raios e trovões.

Diante do risco iminente de temporais em Anápolis, a Equatorial reforça seus canais de atendimento para ocorrências envolvendo a rede elétrica. A população pode acionar a concessionária pelo telefone 0800 062 0196, pelo WhatsApp (62) 3243-2020 ou pelo aplicativo da companhia. A Defesa Civil também está em alerta e pode ser acionada pelo 199 para emergências relacionadas a deslizamentos, alagamentos e outros riscos decorrentes das chuvas.