A recente apreensão de uma tonelada de carne de equino e gado imprópria para o consumo em Anápolis gerou uma onda de preocupação entre os consumidores locais. O caso, revelado após o resgate de 40 cavalos de um abatedouro clandestino no último fim de semana, levanta questionamentos sobre a segurança alimentar na cidade.
Marcello Braga, 33 anos, morador de Anápolis, expressou sua indignação com a situação. "É revoltante pensar que podemos ter consumido carne sem procedência. Como consumidor, eu confio nos mercados e restaurantes, mas agora fico com receio de onde estou comprando meu alimento. Precisamos de mais fiscalização", desabafou.
A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) investiga se a carne apreendida no frigorífico clandestino abastecia supermercados e escolas da cidade. A delegada responsável pelo caso, Geinia Maria Etherna, destacou a necessidade de se apurar o destino dos produtos. "Encontramos toda a estrutura para o processamento da carne, mas ainda não temos provas concretas de onde ela estava sendo distribuída", afirmou.
Para a consumidora Jeniffer Cristina, 38 anos, mãe da Maria Rita de 5 anos, a descoberta do esquema ilegal foi assustadora. "Eu compro carne toda semana e agora me pego pensando se minha filha pode ter consumido algo impróprio. É um absurdo que algo assim aconteça", disse.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Rone Evaldo, reforçou que a ação conjunta da PM-GO e da secretaria conseguiu impedir a continuidade do esquema. "Além do resgate dos cavalos, conseguimos encerrar um ciclo de sofrimento animal e evitar que essa carne sem inspeção chegasse às mesas das famílias anapolinas", destacou.
A prefeitura anunciou que intensificará as fiscalizações em açougues e supermercados, enquanto a PC-GO segue apurando o caso. O principal suspeito de comandar o abatedouro e o frigorífico clandestinos deve prestar depoimento ainda esta semana.