Anápolis GESTÃO DA SAÚDE

UPA da Mulher deve começar a funcionar até abril e com novo nome, diz vice-prefeito

Unidade receberá pacientes enquanto Vila Esperança passa por reforma; Hospital Georges Hajjar será aberto para desafogar atendimentos

08/03/2025 15h00
Por: Emilly Viana
Foto: Prefeitura de Anápolis
Foto: Prefeitura de Anápolis

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Mulher Anapolina Jamel Cecílio deve começar a receber pacientes até o início de abril, já sob a nomenclatura de UPA Central, adotada pela atual gestão. O vice-prefeito Walter Vosgrau (MDB) confirmou o prazo e explicou que a transferência da UPA Alair Mafra de Andrade depende da abertura do Hospital Municipal Georges Hajjar.  

"Eu acredito que agora, até o final de março, começo de abril, a gente consiga trazer a UPA Alair para UPA Central. É lógico que a gente vai perder espaço porque a UPA Central ela é limitada, tem número de leitos menor do que lá em cima", disse à Rádio 105.7 FM nesta sexta-feira (7).

Originalmente UPA da Mulher Anapolina, a UPA Central terá perfil alterado para absorver os pacientes que hoje se deslocam até a Vila Esperança. No ano passado, a Prefeitura informou que a estrutura situada na região central poderia atender cerca de 10 mil pessoas por mês. Antes de ser fechada, ela já havia realizado 3,2 mil atendimentos, num espaço de apenas 15 dias.

Para garantir o atendimento adequado, o vice-prefeito disse que a prefeitura está finalizando o processo de contratação de uma Organização Social (OS) para administrar o hospital. "A gente tá na tramitação de caráter de emergência, pondo todos os aparelhos lá dentro, botando uma OS, ainda não tá definido, mas já tem seis ou sete OS que são credenciadas no município, para tocar o Georges Hajjar", detalhou. 

Com a mudança, a UPA da Vila Esperança também passará por reforma e ficará fechada por aproximadamente 90 dias. "Vai vir a UPA da Vila Esperança para dentro da UPA Central, reforma-se a UPA da Vila Esperança em 60, 90 dias, aproximadamente, para poder entregar. Daí a gente vai ter duas UPAs. Quando eles voltarem para lá, vai ter a UPA Central e a UPA da Vila Esperança", apontou.

A intenção, ainda de acordo com Vosgrau, é ter três UPAs em funcionamento na cidade. "No início, agora, nós vamos ter essas duas, assim que a gente conseguir renovar lá e recuperar tudo que tá de errado lá na Vila Esperança", destacou. 

Entre os problemas identificados na unidade, estão falhas estruturais graves. "Calha lá, que tá no teto, não tem desnível. Então, quando chove, a calha transborda, porque não tem pra onde a água ir, vaza, teto, mofo. Então, assim, é um erro estrutural absurdo e vai ter que ser tudo corrigido", explicou o vice-prefeito.  

Santa Casa

Outro desafio da atual gestão é o financiamento da saúde no terceiro setor. Segundo o vice-prefeito, a prefeitura está renegociando contratos e buscando apoio do Estado para manter leitos da Santa Casa. Recentemente uma reunião entre o gestor e representantes da Secretaria Estadual de Saúde (SES-GO) foi realizada com este objetivo. 

"A pauta foi a Santa Casa, porque, da mesma forma que a maternidade Dr. Adalberto, [a unidade] está passando por uma dificuldade. Tem alguns contratos que foram feitos no apagar das luzes e que a gente tá tentando resolver", relatou.  

Ele citou o caso dos leitos de UTI da Santa Casa, que recebem um complemento da prefeitura de R$ 640 mil mensais. "Só que, assim, não foi pago no mês de dezembro, porque eu acho que já não tinha dinheiro em caixa, e quando a gente assumiu aí a coisa estava bem mais difícil, não reclamando muito, mas também a gente tá renegociando isso com a Santa Casa", afirmou.

A falta de recursos também impacta outros setores. "O município hoje está com a capacidade de investimento zerada. Tudo que o Márcio tem feito no município é com verba de senador, de deputado, são verbas extras", citou.

A prioridade da gestão, segundo ele, é melhorar a classificação de Anápolis no Tesouro Nacional. O plano da prefeitura é elevar a cidade ao nível B e chegar ao nível A até o fim do ano. "Hoje a nossa capacidade de investimento é quase nula. Então a gente precisa reestruturar a prefeitura, conseguir tirar ela de um nível C no Tesouro Nacional para que a gente tenha capacidade de investimento", frisou.

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