Diferença salarial média entre Anápolis e Goiânia chega a 20%

Referentes a 2022, os dados mais recentes sobre rendimento em Anápolis mostram que o município segue abaixo dos números de Goiânia. Enquanto o salário médio dos trabalhadores formais em Anápolis foi de 2,5 salários mínimos em 2022, a capital registrou uma média de 3 salários mínimos, o que representa uma diferença de 20% a mais na remuneração dos trabalhadores, segundo o Cadastro Central de Empresas (CEMPRE) do IBGE.  

Além disso, a população ocupada em Anápolis corresponde a 34,16% do total, enquanto em Goiânia o índice chega a 54,26%. Isso significa que a capital tem quase 60% mais trabalhadores inseridos no mercado formal do que Anápolis, em um cenário que indica uma maior absorção da força de trabalho entre os goianienses.

A desigualdade entre as cidades também se reflete no percentual da população com baixa renda. No levantamento mais recente sobre o tópico, 31,9% da população anapolina vivia com até meio salário mínimo per capita, enquanto esse percentual em Goiânia era de 27,8%, uma diferença de 14,7%, conforme os dados do Censo Demográfico de 2010 do IBGE. 

Na última sexta-feira (28), o IBGE divulgou dados que apontam que o rendimento domiciliar per capita médio em Goiás foi de R$ 2.098 em 2024, um crescimento de 4% em relação ao valor de R$ 2.017 registrado em 2023. Goiânia apresentou um valor superior, chegando a R$ 2.846 no mesmo período, o que representa uma renda 35,7% maior do que a média estadual.  

No ranking nacional, Goiás caiu da 8ª posição em 2023 para a 10ª em 2024, ficando atrás de estados como Mato Grosso do Sul e Espírito Santo, segundo o IBGE. Apesar disso, o estado ainda se mantém 1,4% acima da média nacional, que foi de R$ 2.069. A variação de apenas R$ 81 em um ano demonstra um crescimento modesto da renda goiana, indicando desafios na geração de empregos formais e na valorização salarial.  

A ausência de dados atualizados sobre a renda domiciliar per capita de Anápolis impede comparações diretas com os números estaduais e nacionais. O último levantamento disponível, de 2010, apontava que 31,9% da população anapolina vivia com até meio salário mínimo.