Mortes nas rodovias federais de Goiás durante o Carnaval voltam a crescer após ano sem vítimas

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou, nesta quarta-feira (6), o balanço da Operação Carnaval 2025 em Goiás, revelando um aumento no número de mortes nas rodovias federais do estado. Durante os seis dias de fiscalização, entre 28 de fevereiro e 5 de março, foram registrados 29 acidentes, com 31 feridos e três vítimas fatais. O número representa um salto preocupante em relação ao Carnaval de 2024, quando não houve óbitos, apesar dos 36 acidentes e 45 feridos contabilizados.

Além do crescimento no total de mortes, a PRF também identificou um aumento expressivo no número de motoristas flagrados dirigindo sob efeito de álcool. Em 2025, foram registradas 156 autuações por embriaguez ao volante, quase o dobro dos 84 casos do ano anterior. A fiscalização reforçada também resultou na identificação de 263 motoristas inabilitados e na aplicação de multas para 421 condutores que realizaram ultrapassagens proibidas. O excesso de velocidade foi outro fator preocupante, com 5.411 veículos flagrados acima do limite permitido pelos radares instalados nas rodovias federais.

A Operação Carnaval faz parte da Operação Rodovida 2024/2025, que teve início no período natalino e se estendeu até o fim do Carnaval. O objetivo da ação foi intensificar a fiscalização e reduzir os índices de violência no trânsito, com foco nos trechos de maior movimentação. Para a PRF, o aumento nos flagrantes de infrações evidencia a necessidade de reforço na conscientização dos motoristas e da aplicação rigorosa das leis de trânsito.

A motorista Nanda Braga, que percorreu diferentes rodovias durante o feriado, relatou ter presenciado diversas situações de imprudência. “A quantidade de ultrapassagens em locais proibidos foi absurda. Vi motoristas forçando a passagem, obrigando outros condutores a saírem para o acostamento para evitar colisões”, afirmou. Ela também destacou o intenso fluxo de veículos pesados, especialmente na BR-153, e contou ter presenciado um acidente grave. “Fiquei parada na pista por cerca de 15 minutos porque um carro menor colidiu com uma caminhonete ao tentar entrar em um posto. Havia ambulância, PRF e até o IML no local, então acredito que houve óbito”, relatou.