A aprovação do reajuste salarial dos servidores municipais e do pagamento do piso dos professores da rede municipal de Anápolis terá um impacto direto de R$ 10,5 milhões na folha de pagamento da Prefeitura. O impacto foi confirmado pelo líder do governo na Câmara, vereador Jean Carlos (PL), que destacou a importância da medida, mas ponderou que outras demandas da categoria ainda precisam ser avaliadas conforme a capacidade financeira do município.
O reajuste dos servidores administrativos, aprovado pela Câmara nesta quinta-feira (27), foi fixado em 4,83%, com base na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Segundo Jean Carlos, a medida representa um aumento de R$ 3,5 milhões nos gastos com pessoal. Já o pagamento do Piso Nacional do Magistério, que passa a vigorar a partir da folha de fevereiro, terá um impacto de aproximadamente R$ 7 milhões.
“De fato, ainda em tempo, aprovamos aqui na Câmara Municipal o projeto de lei do Executivo que garante a data-base e a recomposição salarial dos servidores. Sabemos que há outros pleitos, e a administração está com os olhos abertos. Vamos criar as condições necessárias para valorizar o servidor e avançar em pautas ainda pendentes”, defendeu o parlamentar.
Além da reposição salarial, os servidores administrativos reivindicam a revisão do Plano de Carreira, que não passou por ajustes nos últimos anos. O líder do governo reconheceu que há pendências, mas argumentou que os débitos fazem parte da gestão anterior e que a administração precisa organizar as finanças antes de atender todas as demandas.
"Temos índices que não foram concedidos na gestão passada e que o sindicato reivindica. Assim que criarmos as condições, voltaremos a negociar. Além disso, há outros pleitos como equiparação salarial e revisão do Plano de Cargos e Vencimentos, mas precisamos respeitar o limite de gastos com pessoal”, explicou.
Durante a sessão, foi apresentada uma emenda para garantir que os efeitos financeiros do reajuste sejam retroativos a 1º de janeiro de 2025. No entanto, Jean Carlos frisou que, apesar da correção no texto, o pagamento referente a janeiro não será incluído na folha de fevereiro. “Esse reajuste não será implantado imediatamente. A diferença será paga conforme negociação e disponibilidade financeira”, reforçou.
A Câmara também discutiu a criação de uma comissão especial para tratar do Plano de Cargos e Salários dos servidores. A iniciativa, de acordo com o líder do governo, busca construir um projeto de longo prazo que contemple todas as categorias do funcionalismo municipal. “Vamos criar comissões para tratar de forma geral do plano de trabalho e da revisão de carreira, cargos e vencimentos. Queremos contemplar não apenas uma categoria, mas todas, incluindo educação, saúde e administração centralizada”, garantiu.
Com a aprovação do reajuste, os servidores administrativos e da saúde terão o aumento incorporado à folha de fevereiro, enquanto a categoria da educação receberá os novos valores já a partir deste mês. A Prefeitura, no entanto, ainda não informou quando pagará os retroativos.